Presidente dos EUA proíbe importação de petróleo russo

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Carvão também será afetado pela medida; anúncio foi feito em pronunciamento nesta terça-feira

Os Estados Unidos vão banir a importação de petróleo, gás natural e carvão da Rússia, anunciou o presidente Joe Biden nesta terça-feira (8). A medida é mais uma tentativa de impactar a economia russa devido à guerra na Ucrânia.

“Hoje, estou anunciando que os Estados Unidos estão mirando na principal artéria da economia da Rússia. Estamos proibindo todas as importações de petróleo, gás e energia russos”, disse o presidente durante o pronunciamento na Casa Branca.

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“Isso significa que o petróleo russo não será mais aceitável nos portos dos EUA e o povo americano dará outro golpe poderoso na máquina de guerra de Putin“, adicionou.

Biden afirmou que a decisão foi tomada após consultar aliados, como países da União Europeia, e entende que este movimento pode aumentar o preço dos combustíveis no mundo, incluindo nos EUA.

“Nós entendemos que a guerra de Putin está causando danos e elevando preços, mas isso não é desculpa para que as empresas explorem os consumidores americanos. Este não é o momento de obter lucro em cima da situação”, pontou, acrescentando que as empresas que “estão saindo da Rússia estão dando exemplo para outras”.

Autoridades econômicas da Casa Branca estão envolvidas há mais de uma semana em como administrar o corte dessas importações. O Departamento de Energia informou que nas últimas duas semanas de fevereiro as importações russas de petróleo caíram para zero quando as empresas americanas cortaram os laços com a Rússia, implementando efetivamente sua própria proibição.

Os Estados Unidos já haviam implementado a liberação de barris de petróleo de suas reservas para diminuir o impacto da guerra e sanções no preço do barril do petróleo e fornecimento deste produto para outros países. O presidente americano também destacou que irá fazer o possível para minimizar o efeito negativo da medida desta terça-feira nos EUA.

Incentivando o investimento em energia sustentável, Biden disse querer “que ninguém precise se preocupar com o preço da energia limpa, para que líderes como Putin não usem o petróleo como forma de manipulação política”.

As importações dos EUA da Rússia representam uma pequena fatia do universo energético – cerca de 8% em 2021, dos quais apenas cerca de 3% era petróleo bruto.

Esses esforços ficaram mais intensos nos últimos dias, pois ficou quase certo que os EUA iriam impor uma proibição nesta semana.

A Rússia alertou que o preço do barril de petróleo pode subir para US$ 300 se o Ocidente sancionar este produto. Com a guerra, o valor deste produto ultrapassou US$ 100 pela primeira vez desde 2014.

Enquanto isso, a União Europeia planeja reduzir as importações de gás russo em dois terços neste ano, visando eliminar a dependência até 2030. Quanto ao petróleo, a medida ainda não é dada como certa no bloco europeu, visto que diversos países dependem mais do produto russo quando comparado aos Estados Unidos.

Comentando sobre o conflito na Ucrânia, Biden afirmou que os ucranianos são um exemplo para o mundo e que o país “jamais será uma vitória para Putin”.

“Eles inspiraram o mundo com sua bravura, seu patriotismo, sua determinação desafiadora de viver em liberdade. A guerra de Putin causou um enorme sofrimento e perda desnecessária de vidas de mulheres, crianças, todos na Ucrânia – tanto ucranianos quanto, devo acrescentar, russos”, finalizou.

Entenda o conflito

Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país.

Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

O que se viu a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev. De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

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Com informações da CNN Brasil

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