A visita ocorreu no momento em que a guerra entra em seu terceiro mês, tendo deixado milhares de mortos e milhões de deslocados. O Ocidente vem respondendo à invasão russa com sanções econômicas a Moscou e forte apoio à Ucrânia por meio do fornecimento de armamento.
Os representantes de Washington afirmaram que o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, com quem se reuniram no domingo, está comprometido a vencer a luta de seu país contra a Rússia e que os Estados Unidos vão ajudá-lo a alcançar esse objetivo.
“O primeiro passo para vencer é acreditar que você pode vencer”, disse Austin. “Acreditamos que eles podem vencer se tiverem o equipamento adequado, o apoio adequado, e faremos tudo o que pudermos para garantir que eles tenham isso.”
O chefe do Pentágono afirmou ainda que os EUA esperam que o Exército russo chegue à exaustão na Ucrânia, o que os impediria de iniciar mais invasões no futuro. “Queremos ver a Rússia enfraquecida ao ponto de não poder fazer o tipo de coisas que fez na invasão da Ucrânia”, disse Austin.
Zelenski vem pedindo armamento pesado ao Ocidente, incluindo artilharia e caças, afirmando que suas forças poderiam virar o jogo com mais poder de fogo.
Os apelos parecem estar surtindo efeito. Nos últimos dias, vários países da Otan prometeram fornecer armamentos e equipamentos à Ucrânia. Os EUA vêm sendo uma das principais fontes de ajuda financeira e militar, mas ainda não haviam enviado ninguém do alto escalão do governo a Kiev, enquanto vários líderes europeus já viajaram à capital ucraniana numa demonstração de apoio.
“Tivemos oportunidade de demonstrar diretamente nosso forte e contínuo apoio ao governo ucraniano e ao povo ucraniano”, declarou Blinken, detalhando que a reunião com Zelenski e membros de seu governo durou três horas.
“Quando se trata de seus objetivos de guerra, a Rússia está fracassando, e a Ucrânia está tendo sucesso. A Rússia buscou como seu principal objetivo subjugar a Ucrânia, tirar-lhe a soberania, tirar-lhe a independência. Isso fracassou”, adicionou.
Após a visita a Kiev, que foi confirmada pela Casa Branca somente depois que ambos haviam deixado o território ucraniano, Austin e Blinken anunciaram 713 milhões de dólares adicionais em ajuda militar, incluindo cerca de 300 milhões de dólares para permitir que o país compre armas necessárias. O restante da ajuda deverá ser destinado a aliados da Ucrânia na região que precisam ser reabastecidos após enviarem armamento ao vizinho.
Os EUA já enviaram cerca de 4 bilhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia desde o início do governo do presidente Joe Biden e na última quinta-feira já haviam anunciado um pacote adicional de 800 milhões de dólares para ajudar o país a combater as forças russas no leste, incluindo o fornecimento de artilharia pesada e drones.
Um alto funcionário da Defesa americana ressaltou que a visita de Austin e Blinken a Kiev não representa um envolvimento direto das forças americanas na guerra. “O presidente tem sido muito claro que não haverá tropas americanas lutando na Ucrânia, e isso inclui os céus sobre a Ucrânia”, disse.
Austin e Blinken anunciaram também que diplomatas dos EUA começarão a voltar gradualmente à Ucrânia nesta semana. Washington ordenou a retirada de seus diplomatas do país nas semanas que antecederam a invasão russa.
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