Nove mandados de prisão e nove de busca e apreensão foram cumpridos em locais na capital e em Joinville, Santa Catarina. Até o momento, seis pessoas já foram presas.
A Polícia Civil do Distrito Federal desencadeou uma operação nesta segunda-feira (26) para investigar um grupo de suspeitos de se passar por atendentes do Banco de Brasília (BRB) e cometer golpes. A investigação foi iniciada após uma vítima denunciar um pagamento de R$ 50 milhões na 38ª Delegacia de Polícia, em Vicente Pires.
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Os suspeitos conseguiram acesso à conta bancária da vítima, um homem de 52 anos, durante uma ligação que parecia ser feita pelo próprio banco. Como resultado da operação, nove mandados de prisão e nove de busca e apreensão foram cumpridos em locais na capital e em Joinville, Santa Catarina. Até o momento, seis pessoas já foram presas.
O BRB informou que está colaborando com a investigação e afirmou que não solicita informações como senhas e QR Codes por meio de links, SMS ou redes sociais. O banco orientou seus clientes a utilizar apenas os canais oficiais da instituição, como mobile banking, internet banking, telebanco e agências físicas.
A fraude em questão ocorria da seguinte forma: um atendente claro entrava em contato com a vítima, utilizando um número idêntico ao da Central de Atendimento do BRB. Após confirmar os dados pessoais e financeiros do cliente, o golpista afirmava que a conta corrente estava sofrendo tentativas de fraude relacionadas ao PIX. A vítima era então invocada para uma suposta área de segurança do banco.
O segundo golpista informava ao cliente que diversas tentativas de fraude foram identificadas na conta e recomendava o download de um “antivírus” indicado pela instituição. A vítima foi instruída a instalar um aplicativo chamado “anydeks” em seu celular. Após a instalação, o golpista pedia que a vítima fornecesse o código que aparece na tela do celular, alegando que representava a quantidade de “vírus” encontrado. No entanto, ao fornecer o código, o suspeito obteve acesso ao celular da vítima, permitindo-lhe entrar em suas contas bancárias e realizar empréstimos e transferências.
A vítima relatou à polícia que a ligação possuía bips e músicas de espera indiferentes às utilizadas pelo BRB, o que contribuiu para que acreditasse estar realmente em contato com a instituição financeira.
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