Jair Bolsonaro recebe segunda inelegibilidade após decisão do TSE

FILE PHOTO: Brazil's President Jair Bolsonaro looks on next to Brazil's Defense Minister Walter Souza Braga Netto during a welcome ceremony to receive the Brazilians and foreigners evacuated from Ukraine during the mission of repatriation, at the Brasilia Air Base, in Brasilia, Brazil March 10, 2022. REUTERS/Adriano Machado/File Photo
BOLSONARO BRAGA NETTO
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proferiu uma decisão, nesta terça-feira (31), condenando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à inelegibilidade em razão de três ações que avaliaram as condutas de Bolsonaro e seu candidato a vice, Walter Braga Netto (PL), durante as cerimônias do Bicentenário da Independência, realizadas em 7 de setembro de 2022.

O ex-presidente já estava inelegível devido a uma outra condenação anterior no TSE.

A votação se desdobrou da seguinte maneira:

A favor da condenação de Bolsonaro:

  1. Benedito Gonçalves (relator)
  2. Floriano de Azevedo Marques
  3. André Ramos Tavares
  4. Cármen Lúcia
  5. Alexandre de Moraes

Contra a condenação de Bolsonaro:

  1. Raul Araújo
  2. Nunes Marques

No caso de Walter Braga Netto, cinco ministros votaram a favor de sua condenação, e dois foram contrários.

O relator do caso, Ministro Benedito Gonçalves, inicialmente considerou que não havia gravidade suficiente na conduta de Braga Netto para justificar a punição, mas posteriormente, nesta terça-feira (31), reajustou seu voto, declarando a inelegibilidade de Braga Netto.

As acusações contra Bolsonaro e Braga Netto envolvem abuso de poder político e econômico, bem como uso indevido dos meios de comunicação, alegando que teriam beneficiado suas candidaturas por meio da participação em eventos oficiais do bicentenário da Independência em 7 de setembro de 2022. As cerimônias ocorreram em Brasília e no Rio de Janeiro, foram custeadas com recursos públicos e transmitidas pela TV Brasil.

Bolsonaro participou de atos de campanha que foram organizados em paralelo aos eventos oficiais, o que levou às acusações de desvirtuamento da finalidade dos eventos e uso do aparato oficial para fins eleitorais.

No que diz respeito às votações dos ministros, o relator votou a favor da inelegibilidade de Bolsonaro e Braga Netto, bem como para impor multas a ambos. O Ministro Floriano de Azevedo Marques seguiu o relator e também votou pela inelegibilidade de Braga Netto. Os Ministros Raul Araújo e Nunes Marques se posicionaram contra a condenação, alegando que os eventos oficiais e de campanha eram distintos.

A defesa de Bolsonaro e Braga Netto alegou que não houve intenção de utilizar a estrutura do 7 de Setembro para fins eleitorais e que os atos eram distintos. Eles argumentaram que os gastos com a solenidade oficial não apresentavam irregularidades.

Esta segunda condenação de Bolsonaro representa mais um obstáculo em sua tentativa de reverter a inelegibilidade por meio de recursos legais. A defesa de Bolsonaro já acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a primeira condenação, mas o resultado da nova condenação aumenta a complexidade da situação.

Além dessas ações, Bolsonaro e Braga Netto também foram julgados pelo TSE em relação ao uso dos palácios da Alvorada e do Planalto para transmissões ao vivo pela internet e reuniões com governadores e cantores sertanejos, com a Corte eleitoral rejeitando três ações nesse contexto.

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Com informações do G1 e CNN

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