Paralisação dos Trabalhadores Rodoviários Impacta o Deslocamento na Região de Brasília
Nesta segunda-feira, 6 de novembro, os trabalhadores rodoviários do Distrito Federal iniciaram uma greve, resultando em impactos significativos para os usuários do transporte público. Os passageiros enfrentaram desafios desde as primeiras horas do dia, incluindo longas filas nas estações de Metrô e o uso de coletivos não autorizados, que estavam superlotados.
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Na região central de Taguatinga, várias pessoas aguardavam nos pontos de ônibus desde antes das 6h da manhã. Um exemplo disso é Maria Dalva Figueiredo, 50 anos, residente em Águas Lindas de Goiás, que saiu de casa às 4h para chegar ao seu local de trabalho, no Riacho Fundo 2. Ela observou que os ônibus das empresas de Goiás continuavam operando normalmente, mas anteviu dificuldades em utilizar o transporte público no DF, deixando-a com as alternativas de recorrer a transportes não regulamentados ou voltar para casa.
Na Estação do Metrô Praça do Relógio, em Taguatinga, os trens chegaram com grande lotação e formaram-se extensas filas para embarque. Por outro lado, passageiros como Isabel Pereira, 46 anos, de Ceilândia, procuraram sair de casa um pouco mais cedo, cientes da greve. Ela costumava utilizar ônibus para ir ao trabalho, mas optou por pegar o Metrô para garantir que chegaria a tempo, apesar do aglomerado. A sorte dela foi que ainda tinha o Metrô como uma alternativa viável.
Agnaldo Freitas, 43 anos, servente de pedreiro, conseguiu utilizar o transporte coletivo de Santo Antônio do Descoberto até a Estação Praça do Relógio. No entanto, ele expressou preocupação com o retorno para casa no final do expediente.
A greve foi decretada pelos rodoviários no domingo, após meses de reivindicações por um acordo coletivo que incluísse um aumento salarial superior à inflação. No entanto, a Justiça suspendeu o movimento, considerando que os trabalhadores não haviam informado com antecedência suficiente sobre a greve aos usuários do transporte público.
O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), desembargador Alexandre Nery de Oliveira, decidiu que a categoria havia avançado em aparente abuso do direito de greve e estabeleceu uma multa de R$ 10 mil por hora de descumprimento, com a possibilidade de agravamento em caso de recalcitrância.
Uma audiência foi agendada entre as partes com o objetivo de evitar a paralisação dos ônibus na capital, marcada para as 14h no edifício do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10).
Além disso, o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) liberou as faixas exclusivas nas rodovias distritais para todos os veículos durante a greve dos rodoviários. O Metrô-DF informou que operaria com a máxima capacidade possível, reforçando o pessoal nas estações de maior fluxo e estendendo o horário de pico, se necessário, para lidar com o aumento da demanda.
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