Imparcial na TV entrevista o empresário Rodrigo Canal: ‘Todo mundo é vendedor por natureza’

Empresário compartilha experiências e perspectivas sobre família, carreira, avanços tecnológicos e cenário político do Brasil
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O programa Imparcial na TV recebeu o empresário Rodrigo Canal, entrevistado pelo jornalista Marcos Alexandre, ele falou sobre assuntos como família, carreira, e empreendedorismo,  o empresário é filho do renomado apresentador, advogado e escritor Raul Canal.

Rodrigo compartilhou sua visão sobre o legado familiar, descrevendo como uma herança que vai além do sucesso pessoal de seu pai. “Eu vejo como um legado não um legado do Raul, mas um legado familiar. Entendo que ele construiu isso do zero, começou a empreender vindo de uma família muito humilde, e eu tomo isso como um desafio meu, é ser tão bom quanto e superá-lo em meus empreendimentos aqui”, destacou. 

Falando sobre o Grupo Raul Canal, Rodrigo destacou a longevidade do programa de seu pai na cidade, ressaltando sua independência e mais de 18 anos de presença na televisão local. “Eu sou da comunicação, minha formação é em marketing, sou formado em comunicação com ênfase em marketing e planejamento estratégico de empresas.” Ele descreveu como começou sua jornada, iniciando aos 14 anos no escritório de advocacia do pai e posteriormente ingressando em um  programa de televisão ele contou que desempenhou múltiplos papéis no programa, desde produtor executivo até negociações de patrocínio, o que marcou seu início no mundo dos negócios, culminando na criação do seu primeiro CNPJ. “Costumo dizer que meu pai é extremamente visionário. Ele abre o caminho à frente, enquanto eu sou quem o segue, tentando fazer as coisas funcionarem e ajudá-lo da melhor forma possível. Vejo isso como um caminho natural. Não diria que ele me empurrou por esse caminho, de maneira alguma. Foi sempre um caminho que esteve ali, ele foi me guiando até chegar aqui.”

O jornalista Marcos Alexandre abordou a questão da atual geração, destacando o surgimento da terceira e quarta geração. Ele expressou preocupação com a superficialidade e falta de conhecimento presentes, exemplificando com eventos como as lives nas redes sociais. Também mencionou a tendência de escolher profissões baseadas em modismos, como a psicologia, vista como a “Profissão do Futuro”, e a psiquiatria. Questionou o rumo da educação, ressaltando a fragilidade do sistema educacional, que é motivo de piada no exterior, com níveis educacionais muito baixos e uma preferência por depender do governo em vez de buscar empreender, aprender e ter educação financeira, levantando preocupações sobre o impacto disso nas futuras gerações.

O entrevistado discutiu a situação atual, descrevendo um contexto global de excesso de informação e falta de pensamento crítico, especialmente entre as crianças, que têm acesso  a informações, mas carecem de habilidades críticas para analisá-las. Ele mencionou a conhecida frase “homens fortes criam tempos tranquilos, tempos tranquilos geram homens fracos”, destacando mudanças nas gerações, sobretudo nas atuais. “Estamos enfrentando um cenário global de sobrecarga de informações e escassez de pensamento crítico, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. As crianças têm acesso a uma quantidade enorme de informações, porém, falta-lhes a capacidade de criticar, averiguar, procurar e validar essas informações”, comentou.

Inteligência artificial e o futuro das profissões

O jornalista Marcos Alexandre levantou a questão da ascensão da inteligência artificial e seu impacto nas empresas, especificamente nas áreas de comunicação e produção, como a substituição de profissões de redator e roteirista por sistemas baseados em inteligência artificial. Comentou sobre a possibilidade de uma produção quase automática de conteúdo, citando a capacidade de ferramentas como o GPT para criar pautas e roteiros, com uma porcentagem mínima de intervenção humana e de direitos autorais. Nesse contexto, o jornalista questionou o posicionamento das empresa de Rodrigo diante desse avanço tecnológico, se estão abertas à incorporação e utilização da inteligência artificial em suas operações.

Em resposta à indagação, Rodrigo destacou a importância de aproveitar todas as ferramentas que promovam o crescimento. “A gente utiliza a inteligência artificial em muitas frentes hoje e tudo aquilo que você chega primeiro você acha água limpa, então ela tem que ser usada”, afirmou. 

Ele enfatizou que essa tecnologia é uma ferramenta poderosa, capaz de auxiliar e encurtar caminhos, porém reconheceu que muitos empregos serão eliminados devido a ela, assim como ocorreu na Revolução Industrial. Rodrigo trouxe à tona a ideia de que novos empregos também surgirão, como aconteceu ao longo do tempo com a substituição do trabalho manual por máquinas. “Gosto muito de refletir sobre isso, já que sempre fui da área comercial. Digo que acima de ser empreendedor, sou vendedor. Todo mundo, por natureza, precisa ser vendedor, seja para conseguir um emprego, vender seu produto ou até mesmo se apresentar para sua família. Todos somos vendedores. O que diferencia um bom vendedor de um mau vendedor são questões como: como você utiliza melhor ou pior a inteligência artificial? Essa é a questão. Na área de publicidade, continuaremos existindo. As pessoas terão acesso para realizar ações como, por exemplo, utilizar uma ferramenta de imagem, como o Mid Journey, para modificar uma logomarca conforme desejado. Porém, a questão emocional e afetiva não estará presente. Ainda assim, será necessário um profissional do lado humano para formular essas perguntas e comandar essa inteligência artificial, que estará em constante evolução”, pontuou. 

Política

Durante a entrevista, o jornalista questionou a existência de esquerda e direita no Brasil. Em resposta, Rodrigo afirmou: “Não existe nem esquerda nem direita, existe apenas um centro geral no Brasil, na minha concepção. Nossa esquerda não é esquerda, nossa direita não é direita.” Ele destacou a trajetória política, mencionando o presidente Lula e suas mudanças de discurso para alcançar a presidência. “Ele só conseguiu ser eleito no momento em que mudou seu discurso. Quando começou a falar de economia e pautas que interessavam aos empresários, conseguiu apoio e venceu eleições”, explicou. Rodrigo enfatizou que o país vive num sistema capitalista, não socialista, apesar de programas assistencialistas. Ele ainda reconheceu a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), classificando-o como uma ferramenta essencial para os brasileiros, mas criticou a gestão e o controle, apontando a falta de remédios e medicamentos, não por falta de recursos, mas por falhas na administração.

Assista o programa completo;

 

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