Um panorama dos desafios econômicos: Dos gigantes varejistas à indústria de telecomunicações, o ano de 2023 testemunhou uma onda de recuperações judiciais e falências que moldaram o cenário corporativo brasileiro.
O anúncio surpreendente de um significativo déficit nas contas da Americanas no início do ano indicou o prenúncio de um período desafiador para grandes corporações brasileiras em 2023, marcado por pedidos de recuperação judicial e falências. Segundo dados da RGF Consultoria, até o terceiro trimestre, 3.872 empresas estavam em processo de recuperação judicial no Brasil.
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A Americanas, junto com nomes de destaque como Light, Grupo Petrópolis, 123 Milhas e Grupo M5 (dona da M.Officer), figuram entre os casos mais notáveis. Livraria Saraiva e Livraria Cultura tiveram a falência decretada, sendo que a segunda obteve uma decisão para interromper o processo.
Relembrando alguns dos principais casos de 2023:
Americanas: Em janeiro, a gigante varejista anunciou um rombo contábil de quase R$ 20 bilhões. Após a saída do presidente Sergio Rial, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial em janeiro, aprovando um plano em dezembro.
Oi: A operadora de telefonia móvel entrou com um novo pedido de recuperação judicial em março, meses após concluir outro processo semelhante. O plano de recuperação foi aceito em maio.
Grupo Petrópolis: Dono das cervejarias Itaipava e Petra, o grupo pediu recuperação judicial em março, com o plano aprovado em setembro.
Light: A controladora do Grupo Light, fornecedora de energia elétrica do Rio de Janeiro, entrou com pedido de recuperação judicial em maio.
Grupo M5 (M.Officer): Em setembro, o grupo de moda dos anos 1990 e 2000, entrou com pedido de recuperação judicial, destacando concorrência desequilibrada e impactos econômicos da pandemia.
123 Milhas: A agência de viagens suspendeu pacotes em agosto e entrou com pedido de recuperação judicial em agosto. O pedido foi aceito, suspenso e retomado em setembro.
SouthRock: A gestora das operações do Starbucks e Eataly no Brasil pediu recuperação judicial em outubro, citando instabilidade econômica e variações cambiais.
Livraria Saraiva: Com dívida de R$ 675 milhões, a falência da Livraria Saraiva foi decretada em dezembro após um longo processo de recuperação judicial iniciado em 2018.
Livraria Cultura: Em fevereiro, a Justiça de São Paulo decretou a falência da Livraria Cultura, mais de quatro anos após o pedido de recuperação judicial.
Esses casos refletem a complexidade do cenário econômico brasileiro, marcado por desafios e impactos significativos, evidenciando a necessidade de reestruturação e adaptação por parte das empresas.
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Com informações do G1