Joe Biden desiste da reeleição e Democratas correm para escolher novo candidato

Biden-5461
COMPARTILHAR:

Kamala Harris é a favorita para substituir Biden, mas a decisão final será tomada antes da Convenção Nacional Democrata em agosto

Neste domingo, 21, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou sua desistência da candidatura à reeleição. Com a Convenção Nacional do Partido Democrata marcada para o próximo dia 19 de agosto, o partido precisará rapidamente escolher um novo candidato para substituir Biden e decidir o destino dos fundos arrecadados para a campanha.

Veja também
Biden testa positivo para covid e enfrenta pressão política no Partido Democrata

Nos últimos dois anos, Biden e a vice-presidente Kamala Harris arrecadaram centenas de milhões de dólares para a campanha de reeleição. Até 30 de maio, a campanha Biden-Harris acumulou US$ 91 milhões (aproximadamente R$ 509 milhões). Mas, com a desistência de Biden, o que acontecerá com esse dinheiro?

Se Kamala Harris for escolhida como a nova candidata, a transição financeira será suave, e ela terá acesso imediato ao montante. No entanto, se outro candidato for escolhido, os fundos terão que ser devolvidos aos doadores, forçando o novo candidato a iniciar uma nova campanha de arrecadação do zero.

Há duas alternativas que permitiriam a um novo candidato, além de Harris, utilizar os fundos já arrecadados. A primeira seria a campanha Biden-Harris transferir o dinheiro para um super PAC federal, que poderia gastar esses recursos em publicidade para a nova chapa democrata. A segunda seria transferir os fundos para o Comitê Nacional Democrata, como fez Michael Bloomberg em 2020, quando transferiu os US$ 18 milhões restantes de sua campanha. Este precedente poderia permitir que os democratas transfiram os US$ 91 milhões para o partido, criando um comitê bem financiado para apoiar um novo candidato.

Joe Biden já manifestou seu apoio a Kamala Harris, mas a escolha do novo candidato não será simples. De acordo com o Washington Post, existem duas opções: uma votação virtual no início de agosto ou uma convenção “aberta”, onde nenhum candidato tenha a maioria clara dos delegados. A convenção aberta exigiria que os candidatos trabalhassem para conquistar o apoio dos delegados.

Alguns estados têm prazos para a inclusão na cédula eleitoral em agosto, enquanto a votação antecipada começa em setembro em certas áreas. Isso significa que os líderes do partido devem tentar resolver a nomeação antes da Convenção Nacional Democrata, que começa em 19 de agosto. Se um candidato conseguir a maioria dos votos dos delegados na primeira votação, ele ou ela se tornará o candidato oficial. Caso contrário, uma segunda votação será realizada, envolvendo superdelegados – líderes destacados do partido, como ex-presidentes, governadores democratas, membros do Congresso e oficiais do partido.

Se o partido optar por uma votação virtual, poderá definir oficialmente o candidato antes do início da convenção em 19 de agosto, encerrando a disputa. Os delegados poderiam então confirmar o nome escolhido nessa votação.

Mais sobre Notícia Internacional acesse Imparcial internacional

Com informações do Estadão

OUTRAS NOTÍCIAS