Escassez de imunizantes, como a vacina contra a varicela, coloca em risco o controle de doenças como coqueluche e Covid-19.
Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) revelou que 65,8% dos municípios brasileiros enfrentam desabastecimento de vacinas, com destaque para a vacina contra a varicela, ausente em 52,4% das cidades, e a vacina contra a Covid para adultos, faltando em 25,4% dos municípios. Outros imunizantes, como a vacina DTP (contra difteria, tétano e coqueluche), também apresentam escassez, com 18% dos municípios sem estoque. A falta de vacinas é um reflexo de problemas na produção e distribuição, além de dificuldades logísticas no processo de reposição.
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A falta de vacinas ocorre em meio a um aumento nos casos de doenças como a coqueluche, que registrou o maior surto desde 2014, com mais de 4.300 casos em 2024. A escassez de doses de DTP é particularmente preocupante devido ao aumento significativo da doença, especialmente entre crianças menores de um ano. A falta de vacinas, combinada com a percepção de “relaxamento” na vacinação pela população, pode agravar ainda mais a situação de saúde pública no país.
As regiões mais afetadas pela falta de vacinas são Santa Catarina, Ceará, Espírito Santo e Minas Gerais, com índices acima de 80% dos municípios afetados. No entanto, a situação não é uniforme, com o Norte registrando a menor porcentagem de desabastecimento. O Ministério da Saúde busca soluções para regularizar a distribuição, especialmente da vacina de varicela, que enfrenta problemas de produção, com expectativa de normalização em 2025.
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