Após oito dias de operações, os mergulhadores do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal concluíram o apoio às buscas pelos desaparecidos no desabamento da Ponte JK, que conectava o Maranhão ao Tocantins.
Após oito dias de atuação, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) encerrou sua participação na operação de buscas pelos desaparecidos no desabamento da Ponte JK, que conectava os estados do Maranhão e Tocantins. A tragédia ocorreu no dia 22 de dezembro de 2024, deixando veículos e caminhões-tanque com cargas perigosas submersos no Rio Tocantins.
Veja também
Bombeiros do DF encontram mais uma vítima no Rio Tocantins após desabamento de ponte
Oito mergulhadores do CBMDF auxiliaram nas buscas, realizando mergulhos em profundidades de até 35 metros. Durante a operação, as equipes localizaram 14 dos 17 desaparecidos. As buscas continuarão de forma pontual, lideradas pelas corporações de bombeiros do Maranhão e Tocantins. O retorno da equipe do CBMDF à capital está previsto para esta quinta-feira (9).
Impactos e medidas ambientais
Após o desabamento, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) instaurou uma sala de crise para monitorar a qualidade da água do Rio Tocantins. Até o momento, análises confirmam que não houve alterações significativas. No entanto, o risco de vazamento das substâncias químicas transportadas pelos caminhões-tanque, como ácido sulfúrico e defensivos agrícolas, exige monitoramento diário.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) notificou as empresas responsáveis pelas cargas para remover os materiais submersos e reforçar o acompanhamento ambiental.
Investigação e reconstrução
As Superintendências Regionais da Polícia Federal do Maranhão e Tocantins investigam as causas do colapso. Engenheiros civis, peritos ambientais e especialistas em locais de crime foram mobilizados para analisar o caso. Paralelamente, a Marinha do Brasil mantém canais de emergência abertos para relatar riscos à navegação e ao meio ambiente.
No dia 31 de dezembro, o Ministério dos Transportes anunciou a contratação emergencial do Consórcio Penedo-Neópolis para reconstruir a ponte, com um orçamento de R$ 171 milhões. O projeto prevê a demolição da estrutura atual e a construção de uma nova ponte, 7 metros mais larga, com acostamento, ciclovia, passeio e melhorias nos acessos. A previsão de conclusão é dezembro de 2025.
A tragédia reforça a necessidade de monitoramento rigoroso de obras públicas e a implementação de medidas preventivas para evitar desastres semelhantes no futuro.
Mais notícias dessa categoria acesse Imparcial Brasília
