As eleições ocorreram em 28 de julho de 2024, em um processo marcado pela falta de transparência e pela perseguição a opositores. O rival Edmundo González se autoproclamou presidente eleito.
Nicolás Maduro tomou posse nesta sexta-feira (10) em uma cerimônia solene realizada na sede da Assembleia Nacional, em Caracas. O evento, presidido pelo chavista Jorge Rodríguez, selou um processo eleitoral marcado por sérias alegações de falta de transparência, autoritarismo e violência extrema contra aqueles que se opuseram ao atual regime.
Maduro não apresentou evidências claras de que venceu as eleições, ao contrário da oposição, que fez uma contagem paralela das atas eleitorais e declarou a vitória do opositor Edmundo González Urrrutia. Em seu discurso de posse, Maduro afirmou que seu governo se dedicaria a “garantir a paz e a soberania nacional”.
As eleições presidenciais ocorreram em 28 de julho de 2024, mas, antes mesmo da votação, o regime de Maduro dificultou a participação da oposição, o que deixou claro que o pleito dificilmente seria livre e justo. No início de 2024, as autoridades eleitorais barraram a candidatura de María Corina Machado, principal líder da oposição, e Edmundo González surgiu como candidato surpresa, sendo um dos poucos a conseguir registrar-se para disputar a presidência.
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A poucas semanas das eleições, o governo de Maduro revogou convites para observadores internacionais, o que aumentou ainda mais as suspeitas sobre a integridade do processo eleitoral. Barreiras também foram impostas contra fiscais da oposição, dificultando a fiscalização da votação.
Após a eleição de 28 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro como vencedor, com pouco mais de 50% dos votos. No entanto, a oposição contestou o resultado e afirmou que González havia vencido com ampla vantagem, com base nas atas coletadas diretamente nos locais de votação.
Desde então, uma disputa de narrativas se instaurou, resultando em mortes e na prisão de centenas de pessoas. Edmundo González foi exilado na Espanha, enquanto María Corina Machado permanece escondida na Venezuela, temendo represálias.
González, por sua vez, afirmou que tomaria posse na Venezuela nesta sexta-feira.
Saiba como foi o processo eleitoral:
O resultado das eleições
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) demorou a divulgar o resultado das eleições de 28 de julho. Durante a madrugada do dia seguinte, as autoridades alegaram que o órgão havia sofrido um ataque hacker, o que teria atrasado a transmissão dos dados.
Os protestos violentos
A contagem de votos e a alegação de fraude geraram uma onda de protestos violentos em várias partes do país, com confrontos entre manifestantes e forças de segurança. As manifestações foram duramente reprimidas, resultando em várias mortes e milhares de feridos.
O exílio de González
Após os protestos, Edmundo González foi forçado a se exilar na Espanha, onde segue denunciando as irregularidades do processo eleitoral. Sua saída do país marcou o fim de sua campanha pela presidência da Venezuela.
A reação da comunidade internacional
A comunidade internacional reagiu com ceticismo e condena ao processo eleitoral, com vários países e organizações internacionais questionando a legitimidade das eleições e expressando preocupação com a repressão violenta contra opositores.
A expectativa para a posse
Com a posse de Maduro em 10 de janeiro, a expectativa é de que a disputa política e as tensões no país se intensifiquem ainda mais, enquanto o governo de Maduro tenta consolidar seu poder, enquanto a oposição continua a questionar a validade das eleições e o futuro político da Venezuela.
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