O governo de Israel e o Hamas chegaram a um entendimento sobre um cessar-fogo para a Faixa de Gaza, que também prevê a libertação gradual de reféns e prisioneiros palestinos. A informação foi confirmada por uma autoridade do grupo à CNN.
O Hamas havia informado anteriormente que consultou grupos aliados sobre os termos do acordo proposto pelos mediadores. Em sua declaração, o grupo destacou que tratou do assunto com “total responsabilidade e positividade”, com o objetivo de proteger o povo de Gaza e interromper a “agressão sionista” e os massacres que enfrentam.
De acordo com apuração da CNN, a implementação do acordo de cessar-fogo deve começar no domingo (19), com a libertação de 33 reféns pelo Hamas na primeira fase. Ao mesmo tempo, Israel libertará centenas de prisioneiros palestinos. As negociações para a segunda fase, que visa encerrar a guerra, terão início no 16º dia após o início da implementação.
Contexto do Conflito na Faixa de Gaza
Os ataques aéreos de Israel à Faixa de Gaza vêm ocorrendo desde o ano passado, após o Hamas ter invadido Israel e matado 1.200 pessoas, conforme os dados das autoridades israelenses. Além disso, o Hamas mantém dezenas de reféns.
O grupo não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem repetidamente afirmado que destruirá as capacidades militares do Hamas e resgatará os reféns.
Além das ofensivas aéreas, o Exército de Israel também realiza incursões terrestres em Gaza, o que levou ao deslocamento de grande parte da população local.
A ONU e diversas organizações humanitárias têm alertado para uma grave crise humanitária na região, com escassez de alimentos, medicamentos e a propagação de doenças.
Protestos contra Netanyahu têm ocorrido constantemente em Israel, com a população cobrando ações mais eficazes para garantir a libertação dos reféns e a implementação de um cessar-fogo.
