Bolsonaro sabia de plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes, afirma PGR

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Denúncia aponta que ex-presidente teria anuído ao plano golpista elaborado no final de 2022

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou uma denúncia alegando que o ex-presidente Jair Bolsonaro sabia e concordou com um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A trama, conhecida como “Punhal Verde e Amarelo”, teria sido elaborada no final de 2022 com o objetivo de impedir a posse dos eleitos e desestabilizar as instituições democráticas.

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Segundo as investigações, o plano incluía táticas como envenenamento e o uso de explosivos. O general da reserva Mario Fernandes teria sido o responsável por elaborar a estratégia, que foi posteriormente apresentada a Bolsonaro. Documentos contendo os detalhes do plano foram impressos no Palácio do Planalto em novembro de 2022 e levados ao Palácio da Alvorada, onde Bolsonaro residia na época. Também foram identificadas reuniões na casa do ex-ministro e general Braga Netto para discutir a execução da trama.

A denúncia da PGR atinge, além de Bolsonaro, Braga Netto e outras 32 pessoas. O caso será analisado pela Primeira Turma do STF, sob a relatoria de Alexandre de Moraes.

Em resposta às acusações, Bolsonaro negou qualquer envolvimento e ironizou a denúncia: “Você já viu a minuta do golpe? Não viu. Viu a delação do Mauro Cid? Não viu. Nenhuma preocupação com essa denúncia, zero”.

As investigações indicam que, com o fracasso do plano inicial, a última esperança dos envolvidos era a manifestação de 8 de janeiro de 2023, quando ocorreram os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília. O caso segue em análise pelo STF e pode trazer novos desdobramentos nas próximas semanas.

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