Aliados acusam PGR de perseguição política, enquanto Lula defende presunção de inocência
Após a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 33 indivíduos por tentativa de golpe de Estado, parlamentares e aliados saíram em defesa do ex-presidente. Em declarações públicas e nas redes sociais, apoiadores afirmam que a acusação representa uma perseguição política e um atentado à democracia.
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A defesa de Bolsonaro expressou “indignação e estarrecimento”, alegando que o ex-presidente “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”. Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que Bolsonaro tem direito à presunção de inocência, mas que, caso seja considerado culpado, deverá arcar com as consequências de seus atos.
A denúncia da PGR detalha um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que supostamente incluía o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, Bolsonaro teria tido conhecimento do plano e anuído com sua execução.
Diante dessas revelações, o projeto de lei que propunha anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro perdeu força no Congresso. A denúncia da PGR estabelece uma conexão direta entre as ações da organização criminosa e os ataques golpistas que culminaram na invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes.
Agora, o Supremo Tribunal Federal analisará a denúncia. Se aceita, Bolsonaro e os demais acusados se tornarão réus e poderão enfrentar consequências legais por suas supostas ações.
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