Direita articula nomes para 2026, enquanto esquerda mantém foco em Lula

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A eleição presidencial de 2026 ainda está distante, mas os bastidores políticos já se movimentam.

Enquanto a direita ventila possíveis candidatos ao Palácio do Planalto, a esquerda concentra esforços na reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embora sua candidatura dependa de fatores como saúde e viabilidade política.

Na direita, figuram como potenciais postulantes os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Ratinho Jr. (PSD-PR), Romeu Zema (Novo-MG) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Além deles, nomes menos convencionais, como o cantor Gusttavo Lima e o ex-coach Pablo Marçal, também surgem na disputa.

Apesar das especulações, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue como figura central na direita, mesmo estando inelegível até 2030 por crimes eleitorais. Recentemente denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por organização criminosa e tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro enfrenta dificuldades para reverter sua situação jurídica, mas mantém forte influência sobre o campo conservador.

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Caso sua candidatura não seja viável, o ex-presidente tem sinalizado preferência por um nome dentro da família. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) desponta como a principal opção, sendo considerado um articulador mais moderado em comparação aos irmãos Eduardo (PL-SP) e Carlos Bolsonaro (PL-RJ).

O cenário da disputa

A direita se fragmenta entre diferentes candidaturas, enquanto a esquerda aposta na unidade em torno de Lula. Entretanto, o presidente enfrenta sucessivas quedas de popularidade, o que faz surgir especulações sobre possíveis alternativas dentro do PT e da base governista. Entre os cotados estão os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Camilo Santana (Educação), embora ambos enfrentem resistências internas.

Pesquisadores apontam que a ausência de divisões no campo progressista pode favorecer Lula, uma vez que a direita ainda busca consolidar um nome forte para o pleito. Paulo Henrique Cassimiro, professor de ciência política da UERJ, observa que Bolsonaro não consolidou um sucessor, o que abre espaço para lideranças como Caiado tentarem unir o campo conservador sem necessariamente aderir ao discurso da extrema-direita.

A corrida eleitoral ainda está em fase inicial, mas os primeiros movimentos indicam uma disputa acirrada e repleta de indefinições. A consolidação de candidaturas e alianças será determinante para o cenário de 2026.

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