Defesa de Bolsonaro recorre ao STF e insiste em mais prazo para responder à denúncia

Alexonaro
COMPARTILHAR:

Advogados pedem 83 dias para manifestação e questionam atuação de ministros no julgamento

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro entrou com um novo recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando a ampliação do prazo para responder à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a tentativa de golpe de Estado. Os advogados pedem 83 dias, argumentando que esse foi o tempo que a PGR levou para analisar o relatório da Polícia Federal. Caso o pedido seja negado pelo ministro Alexandre de Moraes, a defesa quer que o recurso seja analisado pela Primeira Turma do STF.

Veja também
Dilma Rousseff é internada em Xangai após mal-estar

Além da prorrogação do prazo, os advogados de Bolsonaro solicitam que sua manifestação ocorra somente após a do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e delator no caso. Moraes já havia negado anteriormente o aumento do prazo, afirmando que a defesa teve acesso antecipado aos autos e que não há base legal para o pedido.

Em outro movimento, os advogados de Bolsonaro pedem o afastamento dos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin do julgamento, alegando que ambos já se manifestaram de forma contrária ao ex-presidente e, portanto, poderiam agir com parcialidade. Além disso, a defesa busca anular o acordo de delação premiada de Mauro Cid, alegando possíveis irregularidades em sua assinatura.

A PGR denunciou Bolsonaro e outras 33 pessoas por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada. A acusação aponta que o ex-presidente liderou um grupo que tentou impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Os desdobramentos do caso poderão impactar diretamente o futuro político de Bolsonaro e influenciar o andamento do processo no STF.

Mais notícias dessa categoria acesse Imparcial Brasil

OUTRAS NOTÍCIAS