Caso de menina sequestrada gera indignação e termina com linchamento do criminoso.
O caso de uma menina de 9 anos sequestrada e mantida em cativeiro por 12 horas no porão de uma loja de conveniência em Tramandaí, no Rio Grande do Sul, gerou uma onda de revolta na população local. A indignação foi tão grande que levou populares a invadirem o estabelecimento e fazerem justiça com as próprias mãos, resultando na morte do sequestrador.
O Sequestro e o Resgate
A menina foi atraída pelo criminoso Marco Antônio Bocker Jacob, de 61 anos, com a promessa de um picolé. Ele a manteve presa em um alçapão escondido sob engradados de cerveja, impedindo que fosse encontrada facilmente. A família, ao perceber sua ausência, acionou a polícia, que usou imagens de câmeras de segurança para localizá-la.
Na manhã seguinte ao desaparecimento, a Brigada Militar realizou o resgate da criança. Foi então que a revolta popular atingiu seu ponto máximo.
O Linchamento
Ao tomarem conhecimento do crime, dezenas de pessoas se reuniram em frente à loja. A multidão, tomada pela fúria, invadiu o local e retirou o sequestrador à força. Ele foi espancado violentamente, e mesmo com a chegada do SAMU e da polícia, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O estopim da revolta foi o histórico criminal de Marco Antônio, que já possuía passagens por feminicídio, tráfico de drogas, furto, crueldade contra animais e lesão corporal. Para muitos, sua morte foi considerada uma “justiça imediata”, evitando que ele voltasse a cometer crimes.
Debate Sobre a Justiça com as Próprias Mãos
O caso gerou um intenso debate sobre o linchamento e a justiça popular. Enquanto alguns moradores afirmam que “ele teve o que merecia”, especialistas alertam para os riscos desse tipo de reação. “Em um Estado de Direito, a justiça precisa ser feita dentro dos trâmites legais. Casos assim podem criar precedentes perigosos”, afirmou um jurista ouvido pela reportagem.
Por outro lado, muitos argumentam que a população está cansada da impunidade e que a reação foi um reflexo da indignação coletiva diante da brutalidade do crime.
E Agora?
A menina foi encaminhada para atendimento médico e passa por acompanhamento especializado em Porto Alegre. O caso continua sendo investigado, mas a morte do sequestrador encerrou qualquer possibilidade de julgamento formal.
A cidade de Tramandaí segue em choque, e o caso reforça a discussão sobre segurança infantil e os limites entre justiça e vingança popular.
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