Paciente sobrevive mais de 100 dias com coração artificial de titânio em caso inédito no mundo

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Dispositivo, conhecido como “coração de titânio”, mantém paciente vivo enquanto aguarda transplante e marca avanço na medicina cardíaca.

Um australiano fez história ao se tornar a primeira pessoa no mundo a viver mais de 100 dias com um coração artificial de titânio. O paciente, que preferiu não revelar sua identidade, sofria de problemas cardíacos graves e aguardava um transplante de coração quando recebeu o dispositivo. O caso, considerado um marco na medicina, abre novas perspectivas para pacientes que dependem de doações de órgãos.

O australiano é a sexta pessoa no mundo a receber um coração artificial de titânio, mas a primeira a conviver com o dispositivo por mais de um mês. Após mais de 100 dias com o coração artificial, ele finalmente conseguiu um órgão compatível e passou por um transplante bem-sucedido. Agora, está em recuperação e representa um símbolo de esperança para milhares de pessoas que aguardam na fila por um coração.

Um avanço para a medicina

O coração artificial de titânio é uma tecnologia revolucionária que substitui totalmente o coração natural. Ele funciona como uma bomba contínua, utilizando um sistema mecânico para impulsionar o sangue em pulsos regulares por todo o corpo. Feito inteiramente de titânio, o dispositivo é compacto e leve, pesando cerca de 650 gramas, e é alimentado por uma bateria externa recarregável, que se conecta ao coração por meio de um fio no peito do paciente.

A bateria dura cerca de quatro horas e emite um alerta quando precisa ser substituída. No futuro, os pesquisadores esperam desenvolver uma versão sem fio do dispositivo, que poderia ser recarregada de forma similar a um telefone celular, aumentando a comodidade e a qualidade de vida dos pacientes.

Esperança para quem aguarda um transplante

O sucesso do australiano com o coração de titânio representa um avanço significativo no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca terminal. Atualmente, o dispositivo é usado como uma ponte para o transplante, mantendo os pacientes vivos enquanto aguardam um coração doado. No entanto, os pesquisadores estão estudando a possibilidade de usar o coração artificial como uma solução permanente, eliminando a necessidade de transplantes em alguns casos.

A professora Sharon Pickering, vice-reitora e presidente da Universidade Monash, onde os estudos sobre o dispositivo são realizados, destacou a importância do feito: “Este marco revolucionário na história médica australiana é um triunfo da ciência e uma fonte de esperança para pacientes e famílias. É um lembrete pungente da importância da pesquisa médica – possibilitada pelos excelentes relacionamentos entre universidades, hospitais e a indústria – para melhorar e salvar as vidas de milhões de pessoas.”

O futuro dos corações artificiais

O caso do australiano não só demonstra a eficácia do coração de titânio, mas também reforça a necessidade de investimentos contínuos em pesquisas médicas e tecnologias inovadoras. Com o avanço dos estudos, os corações artificiais podem se tornar uma alternativa viável para pacientes que não têm acesso a transplantes ou que não são candidatos ao procedimento.

Enquanto a medicina continua a evoluir, histórias como essa mostram que a fronteira entre a vida e a tecnologia está se tornando cada vez mais tênue, oferecendo novas chances para aqueles que antes não teriam alternativas.

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