Apesar da escalada na guerra comercial, bolsas chinesas sobem com expectativa de estímulos econômicos e possível avanço nas negociações com Washington
As bolsas da China fecharam em alta nesta sexta-feira (11), surpreendendo parte do mercado financeiro após o governo de Pequim anunciar um aumento significativo nas tarifas sobre produtos norte-americanos — de 84% para 125%. A medida foi uma resposta direta às recentes ações dos Estados Unidos, que já haviam elevado suas próprias tarifas contra produtos chineses para um total de 145%, incluindo um adicional de 20% implementado no início deste ano.
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Apesar do recrudescimento da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, o sentimento dos investidores se mostrou positivo. O índice CSI 300, que acompanha as ações de maior liquidez das bolsas de Xangai e Shenzhen, encerrou o dia com alta de 0,4%. Já o índice das ações chinesas listadas em Hong Kong teve desempenho ainda melhor, com valorização de 1,7%, superando outros mercados asiáticos.
Analistas avaliam que o otimismo dos mercados se sustenta em dois pilares principais: a expectativa de que Pequim anuncie novos estímulos para fortalecer sua economia e sinais vindos de Washington de que um possível alívio nas tarifas ainda está sobre a mesa. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a indicar que pode flexibilizar medidas tarifárias e isentar milhares de produtos chineses.
Uma reunião do alto escalão do governo chinês, marcada para a próxima semana, também vem alimentando esperanças. A expectativa é de que sejam anunciadas medidas concretas de apoio ao setor produtivo e estímulos ao consumo interno, como forma de neutralizar os impactos da tensão comercial.
Com isso, mesmo em meio ao aumento da retaliação tarifária, os investidores mantêm a confiança em uma saída negociada para o impasse e no fortalecimento da economia chinesa por meio de políticas públicas mais robustas.
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