Desafio fatal nas redes: morte de menina de 8 anos reacende debate sobre crianças e uso de telas

16-04
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Sarah Raíssa morreu após inalar aerossol em “desafio do desodorante”. Caso levanta alerta de pais e educadores sobre os riscos dos conteúdos online para menores de idade.

A morte de Sarah Raíssa Pereira, de apenas 8 anos, comoveu o Distrito Federal e levantou um alerta urgente sobre os perigos que circulam nas redes sociais. A menina faleceu após participar do chamado “Desafio do Desodorante”, um conteúdo viral que incentiva crianças e adolescentes a inalarem aerossol, colocando em risco sua saúde e, como no caso de Sarah, a própria vida.

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Apesar de ter o uso do celular controlado pelos pais — limitado a momentos supervisionados e de forma restrita —, Sarah conseguiu acessar o vídeo por meio de amigos e decidiu reproduzir o desafio em casa. A consequência foi trágica: ela sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

A mãe da menina, Maria Pereira, fez um apelo emocionado à sociedade. “Uma criança não deve ter acesso a telas. Elas não têm maturidade para discernir o que é certo ou errado nesse ambiente. Nós cuidamos, mas o perigo veio de onde menos esperávamos”, afirmou.

O pai de Sarah também criticou a falta de controle efetivo das plataformas digitais, que continuam permitindo a circulação de conteúdos perigosos sem filtros ou bloqueios. “É preciso que essas empresas sejam responsabilizadas. As redes sociais não podem ser terra de ninguém”, destacou.

A escola onde a menina estudava planeja realizar atividades de conscientização com os alunos e as famílias. O objetivo é alertar para os riscos da exposição precoce e descontrolada ao ambiente digital, além de incentivar o diálogo entre pais, professores e estudantes sobre o uso seguro da tecnologia.

A tragédia reacende o debate sobre o tempo de tela para crianças, os limites da supervisão parental e a responsabilidade das plataformas digitais. Enquanto isso, famílias e educadores se mobilizam para evitar que novos casos como o de Sarah se repitam.

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