Investigado por comandar esquema familiar de agiotagem há mais de 10 anos, André Bonfim Borba e seu pai, conhecido como “Moscão”, ostentavam vida de luxo enquanto lavavam dinheiro em empresas de fachada e propriedades
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou nesta quinta-feira (24/4) a Operação Gold Fly, para desmantelar um esquema de agiotagem que movimentou mais de R$ 90 milhões nos últimos cinco anos. Um dos principais alvos é André Bonfim Borba, que, junto com seu pai — Elismar Donizete Borba, conhecido como “Moscão” —, liderava uma organização criminosa familiar que operava há pelo menos uma década em Brazlândia.
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O grupo oferecia empréstimos com juros abusivos, entre 6% e 10% ao mês, exigindo como garantia a assinatura de procurações com plenos poderes sobre imóveis e veículos dos devedores. O dinheiro sujo era lavado por meio de contas bancárias em nome de parentes, empresas de fachada e compra de bens de alto valor.
A Justiça determinou o bloqueio de 38 imóveis, incluindo apartamentos nas Asas Sul e Norte, Setor Hoteleiro Norte, Águas Claras, Taguatinga, Samambaia, Brazlândia e até em Águas Lindas (GO). Também foram tornadas indisponíveis duas propriedades rurais em Brazlândia. Juntas, essas propriedades são avaliadas em cerca de R$ 40 milhões — a maior apreensão de bens já feita pela PCDF em uma operação contra agiotagem.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências e escritórios ligados à família em Brazlândia (DF) e Niquelândia (GO). A Polícia Civil investiga ainda o uso de empresas fictícias para ocultar o patrimônio obtido ilegalmente.
Com um estilo de vida marcado por carrões, jet skis e ostentação, os líderes do esquema agora enfrentam a justiça sob acusações que envolvem crime contra a economia popular, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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Com informações da Metrópoles
