Débora Rodrigues participou dos atos golpistas de 8 de janeiro e foi responsabilizada por depredar símbolo do Supremo; decisão do STF gerou polêmica nas redes
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos, por sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A cabeleireira ficou conhecida por ter pichado a frase “Perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, que fica em frente ao prédio do STF, em Brasília.
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A frase, que virou símbolo da provocação contra os ministros do Supremo, foi originalmente dita por Luís Roberto Barroso em resposta a manifestantes bolsonaristas, no fim de 2022. Débora acabou usando a expressão como forma de protesto, e sua ação foi registrada em vídeo durante a invasão à Praça dos Três Poderes.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, propôs uma pena de 14 anos de prisão — sendo 12 anos e meio em regime fechado, um ano e meio em regime aberto e multa. O ministro Flávio Dino acompanhou o voto, e outros integrantes da Primeira Turma devem concluir o julgamento até o dia 28 de abril.
Durante seu depoimento, Débora pediu desculpas e alegou que não sabia do valor simbólico da estátua. Apesar disso, a decisão do STF levou em conta o contexto dos atos, que resultaram na destruição de prédios públicos e ameaças à ordem democrática.
A condenação gerou repercussão nas redes sociais, principalmente entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-mandatário, inclusive, pediu orações pela mulher em suas redes. Débora está presa desde março de 2023, após ser alvo da Operação Lesa Pátria, que investiga os responsáveis pelos ataques do 8 de janeiro.
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