Caros amigos
A mitologia diz que a FÊNIX é uma ave cujo tamanho lhe permite carregar fardos tão pesadas quanto um elefante e que, quando cumpre um ciclo de vida, incendeia-se para depois de algum tempo ressurgir das próprias cinzas e desfrutar de uma nova temporada.
Sua longevidade e o seu renascimento transformaram-na no símbolo da imortalidade, da ressurreição e da perpetuação de coisas que nunca acabam, como é o caso da CORRUPÇÃO no Brasil.
A nossa Fênix teve longos e irregulares ciclos na vida nacional, sendo o último marcado pela transferência, “em tenebrosas transações”, de vultosos e volumosos montantes de dinheiro público para paraísos fiscais, contas pessoais e, em espécie, para pagamentos privados e para estoque em paredes falsas e apartamentos especialmente adquiridos para ocultá-los dos olhos e dos braços da lei.
No ambiente dramático e teatral da política, a Operação Lava Jato fez o papel do fogo que marcou o fim do ciclo estrelado pelo PT, tendo como coadjuvantes, além dos seus tradicionais comparsas, os demais corruptos de todos os colarinhos, partidos e matizes ideológicas.
Assistimos, hoje, ao capítulo das cinzas, em que a Fênix espera o bafejo da oportunidade para demostrar toda a sua força vital e ressurgir, dissimulada, renovada e mais experiente, para um novo ciclo corruptivo.
Se, no capítulo anterior, a Lava Jato representou o papel do fogo em que se queimou a Corrupção, o Governo Bolsonaro tem feito o de depósito das cinzas que, postas ao alcance da ambição e do narcisismo do “Centrão”, farão dele o grande protagonista da próxima temporada.
Todas as mudanças de atitudes no enredo e de personagens no elenco da peça são indícios claros e evidentes de que a Fênix está viva e que só espera sentir o bafejar da oportunidade para ressurgir gloriosa e vitoriosa sobre terras e mares de Pindorama.
Aguardemos o desenrolar dos próximos capítulos dessa empolgante e repetitiva história. O tempo nos dirá se o roteiro mitológico será seguido e respeitado.
Gen Paulo Chagas