Imparcial na Tv: “Não temos nenhum tipo de interesse em resultado na morte de ninguém”, afirma o Coronel Cardoso

O Comandante do 17° CRPM, compartilhou desafios da carreira e conduta policial em uma entrevista exclusiva ao Programa Imparcial
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O coronel falou com exclusividade sobre a segurança adotada no município de Águas Lindas. “Águas Lindas tá sendo colocado em parceria com a prefeitura o mapeamento onde todos os acessos da cidade nós temos são câmeras né com ocr eh é um projeto que a prefeitura fez e nós abraçamos esse projeto e nós colocamos já no nosso comando na mesma sala nós temos Polícia Militar Corpo de Bombeiros Militar guarda municipal agência municipal de trânsito Samu integrado e lá a gente tem acesso a tudo.”

Cardoso destacou ainda a retirada do COPOM do quartel para operar em conjunto com a prefeitura, dizendo. “Eu tirei o COPOM de dentro do quartel uau e tá funcionando lá eu tirei do quartel e coloquei para operar junto com a prefeitura foi uma Iniciativa Nossa ao ver a iniciativa da Prefeitura em fornecer mecanismos de segurança então Segurança Pública é parceria né a prefeitura entrou com esses investimentos Nós entramos com os homens com qualificação. E hoje é o veículo que ele consta registro de furto roubo ou algum sinal de alerta que entra no perímetro nosso ali a gente tem conhecimento.”

A abordagem do coronel reflete uma visão de parceria entre as autoridades e destaca a colaboração como um elemento fundamental para fortalecer a segurança pública em Goiás.

Caso Lázaro desafio para a polícia de Goiás

Em relação ao desafio enfrentado no caso Lázaro, um caso emblemático de um serial killer que amedrontou o entorno de Goiás, o jornalista Marcos Alexandre questionou o coronel sobre eventuais falhas na segurança pública.

O jornalista indagou se a polícia foi para matar ou prender, e o coronel respondeu: “A polícia militar é a polícia militar, né? Ela representa e não vai em ocorrência nenhuma para matar; ela vai para resolver o caso. Se vai voltar em pé ou deitado, aí é o ladrão que vai falar, entendeu? É ele que manda, porque os direitos humanos só defende bandido no Brasil.”

Cardoso destacou a inversão percebida nos direitos humanos no Brasil, expressando sua opinião: “Aí dizem que a polícia militar foi lá para matar o Lázaro, né? O Brasil vive uma inversão de direitos humanos. Os direitos humanos foram criados após a questão da Segunda Guerra para que atrocidades como aquela não acontecessem mais. Os direitos humanos existem para proteger as pessoas de bem, ao contrário, aqui se tem uma bandeira de proteção àqueles que prejudicam o bem. Eu sou contra isso também, mas temos que, um dia, ter uma consciência política um pouco mais apurada e reverter essa visão de faroeste que tomou conta.”

Humanização da Polícia militar

Durante a entrevista Marcos falou sobre o crescimento da Polícia Militar abordando a ideia do fim dessa instituição, mencionando como exemplo o sistema militar nas escolas.

O coronel respondeu opinou que defende as escolas militares. “Temos mais de 60 escolas militares em Goiás, e não é exclusivo para quem quer. Hoje, filhos de pessoas de classes média baixa e até alta desejam colocar seus filhos em colégios militares. Isso demonstra que temos algum valor. Outra questão é a proximidade. Eu, por exemplo, tenho um grupo de moradores de Águas Lindas no WhatsApp, centenas de pessoas. Estou nesse grupo e muitas vezes, se alguém desaparece, tomamos medidas rapidamente. Se alguém precisa de uma doação ou está passando por dificuldades, a Polícia Militar está lá.”

Ele ainda ressaltou o papel ativo na defesa dos Direitos Humanos. “Nós somos os maiores defensores dos Direitos Humanos porque estamos na rua, enfrentando frio e calor para atender a todas as pessoas, independente de sua classe social. Não estamos fazendo barulho em redes sociais ou em universidades tendenciosas. Somos defensores das pessoas e dos direitos humanos, garantindo que as pessoas possam ter suas vidas sem discursos falaciosos.”

O coronel mencionou iniciativas como o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) e a formação de crianças em parceria com o município, destacando: “Dia 12 agora em Águas Lindas, vamos formar 800 crianças. Eu não vi ninguém dos Direitos Humanos formando nada lá em Águas Lindas porque Águas Lindas não dá visibilidade para eles, dá visibilidade para a Avenida Paulista e para Copacabana, defendendo coisas que em lugar nenhum do mundo deram certo. Falar em desmilitarizar tem uma questão, e poderíamos ficar por horas aqui, eu vou te dar exemplos de sucesso de polícias que existem pelo mundo.”

Bandido bom é bandido morto? 

Quando questionado sobre a audiência de custódia, o coronel mergulhou na complexidade do tema: “Como você se sentiria se alguém roubasse sua casa e, no dia seguinte, esse indivíduo estivesse novamente nas ruas? A segurança pública é complexa, e é fácil culpar a polícia, mas ela opera dentro dos limites constitucionais. A responsabilidade está no Congresso Nacional.”

O comandante abordou a polêmica afirmação, destacando que a Polícia Militar não busca a morte como resultado. “Temos casos complexos que demandam dosagem adequada de força. Avançamos no sistema penal em Goiás, mas não é um retrato do Brasil, onde temos crimes que comandam de dentro. Recentemente, um grande criminoso preso em Rondônia veio para Brasília, e sua transferência gerou custos significativos.”

Cardoso falou sobre  questões sobre os custos envolvidos na transferência de criminosos entre estados: “Quantos milhões ou milhares de reais esse camarada já não custou ao Brasil com essas mudanças logísticas? Que dinheiro é esse que estamos investindo?” Ele enfatizou a necessidade de uma visão mais apurada sobre as decisões que impactam a segurança pública.

Ao responder à indagação de Marcos sobre o prazer na morte, o comandante enfatizou: “Não temos nenhum tipo de interesse em resultado na morte de ninguém, jamais.” Ele destacou a busca por resolver situações de forma eficaz, ponderando sobre a complexidade dos casos e a necessidade de dosar a força de acordo com a situação.

Ele enfatizou que, se necessário, a ação policial visa preservar vidas e cessar agressões. A polêmica afirmação de que “bandido bom é bandido morto” foi contextualizada como uma resposta à altura da energia empregada pelo criminoso.

Assista a entrevista completa;

 

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