Secretário Pedro Sales fala sobre aumento das passagens no Entorno: “Tem que colocar dinheiro para derrubar a passagem para o cidadão, não tem mágica”

Em entrevista ao programa Imparcial na TV, o Secretário de Estado de Infraestrutura e Obras de Goiás (Seinfra), também falou da falta de incentivo do governo federal para resolver o problema
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O jornalista Marcos Alexandre recebeu no último Imparcial na TV, Pedro Sales, atual Secretário de Estado de Infraestrutura e Obras de Goiás (Seinfra). Durante a primeira gestão Caiado, esteve à frente da Secretaria de Estado da Administração (Sead) e da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego). Também presidiu por mais de três anos a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) e, durante dois anos, presidiu o conselho fiscal da Saneago.

Questionado pelo jornalista Marcos Alexandre sobre como o Entorno tem sido tratado na gestão de Ronaldo Caiado, Marcos afirmou que por muito tempo  o Entorno foi considerado terra de “ninguém, nem do DF nem de Goiás”, como expressou o jornalista. Pedro abordou a complexidade da questão federativa. “Toda questão federativa é complicada, não é fácil lidar com uma região que integra de fato uma unidade da federação, mas que está economicamente e socialmente mais ligada a outra devido à sua proximidade geográfica. Surgem problemas de segurança pública, saúde, vagas em creches e colégios. Mas da parte do governo do Estado de Goiás, o governador tem feito sua parte, concentrando os investimentos na melhoria da educação e saúde.”

O secretário enfatizou que o que cabe ao governo estadual fazer, está sendo feito. “Os colégios foram todos reformados, o hospital de Águas Lindas será uma grande referência, o de Formosa também ganhou uma policlínica, e vagas de UTI foram criadas em Luziânia. Na área de segurança, a Polícia Militar do Estado de Goiás é uma das melhores do Brasil”, disse

Ele ainda afirmou que “O governador tem sido enfático nos cuidados e manutenção dos serviços com relação ao Entorno”, mas que depende também da União e de algumas parcerias com o GDF. “No começo, houve um pouco de desentendimento com o governador do DF, mas ambos estão superando as diferenças e cuidando de políticas públicas que interessam às duas unidades da federação. Está faltando apenas o governo federal olhar com um pouco mais de carinho para o Entorno”, completou. 

Transporte Público no Entorno 

O jornalista Marcos Alexandre, abordou a questão do transporte público no Entorno do Distrito Federal, que são cidades que pertencem ao estado de Goiás. Ele falou da problemática, destacando que, apesar de avanços em outras esferas como saúde e educação, o transporte público continua a ser um desafio significativo.

Um dos pontos levantados por Alexandre é a aparente ineficiência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), questionando se esta entidade é intocável diante dos problemas evidentes. Em particular, ele aponta para a rota de Águas Lindas ao Plano Piloto, destacando-a como uma das passagens mais caras e de qualidade insatisfatória em todo o país. Ônibus sucateados, tarifas elevadas e um ciclo de responsabilidade confuso entre governo local e federal apenas intensificam o dilema.

Em resposta às críticas, Pedro ressalta que, constitucionalmente, a responsabilidade pelo transporte público interestadual recai sobre a União, exercida pela ANTT. Ele reconhece a necessidade de uma abordagem conjunta entre o governo do Distrito Federal, o governo de Goiás e o governo federal para resolver a questão. Propõe-se a criação de um consórcio para subsidiar parte das tarifas, buscando equilibrar os custos para as operadoras e aliviar o ônus para os cidadãos.

Por outro lado, ele declarou que o governador de Goiás, em consonância com seus colegas do Distrito Federal, reconhece a importância econômica dos trabalhadores do entorno e expressa disposição em colaborar para melhorar o transporte público. No entanto, destaca que a questão central é financeira e requer investimento substancial para reduzir as tarifas. “Essas pessoas ocupam postos de trabalho que são fundamentais para a saúde econômica do Distrito Federal. Então, os dois governadores estão sensíveis a isso e estão se colocando. Apesar de não ser constitucionalmente nosso, nos impactam de diferentes formas. Querem nos ajudar. E o governo federal, não faz ali nenhum gesto. Aqui, a questão é dinheiro, não tem mágica, é dinheiro. Tem que pôr dinheiro para derrubar a passagem pro cidadão”, declarou. 

Assista o programa completo;

 

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