Para Ministério Público, menino foi morto pois era considerado ‘um entrave no relacionamento’ entre as duas mulheres. Ambas estão presas e as buscas pelo corpo da criança seguem no Litoral. Defesas negam os crimes.
A mãe de Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, e a companheira dela foram denunciadas à Justiça por homicídio triplamente qualificado, tortura e ocultação de cadáver. A denúncia foi entregue na segunda-feira (16) pela Promotoria de Tramandaí, no Litoral Norte do RS, e detalhada pelo Ministério Público nesta terça (17).
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O corpo de Miguel é procurado desde o dia 29 de julho, quando ele foi considerado desaparecido, em Imbé. Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, mãe do menino, e Bruna Nathiele Porto da Rosa, companheira dela, estão presas.
Imagens mostram mãe de Miguel carregando mala com corpo do filho
Imagens de câmeras de segurança divulgadas pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul mostram a mãe do menino Miguel e a companheira andando pelas ruas de Imbé (RS), no último dia 29, com uma mala onde estaria o corpo do garoto. A mala foi carregada pela mãe do garoto, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos.
Yasmin e Bruna Nathiele Porto da Rosa, 23 anos, madrasta da criança, confessaram que mataram a criança e depois jogaram o corpo no rio Tramandaí. Na segunda-feira (16), as duas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul por tortura, homicídio e ocultação de cadáver.
De acordo com o MP-RS, entre os dias 17 de abril e 25 de julho deste ano, mãe e madrasta submeteram Miguel a intenso sofrimento físico e mental, como castigo pelo fato de a criança buscar carinho, cuidado e atenção.
Miguel chegou a ser trancado, com as mãos amarradas e imobilizadas com correntes e cadeados dentro de um pequeno guarda-roupas por longos períodos durante o dia. Caso conseguisse se desvencilhar, as denunciadas amarravam-no novamente.
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Conforme as investigações, o menino era obrigado a se alimentar somente quando as denunciadas quisessem, da mesma forma que estava obrigado a fazer as necessidades fisiológicas no interior do móvel, inclusive sendo compelido a limpá-lo como punição. Por ser um espaço pequeno, a criança era obrigada a ter contato com suas próprias fezes.
Ainda segundo o MP-RS, após as torturas, as duas planejaram, arquitetaram e executaram o homicídio. Miguel teve sua cabeça arremessada pela mãe contra uma parede. Depois, a dupla trancou o menino dentro de um guarda-roupas e aplicou medicação inadequada a uma criança até que ela morresse. Na sequência, o corpo do menino foi jogado no rio.
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