Ex-diretor da PRF foi preso preventivamente em uma investigação sobre uma suposta interferência no segundo turno das eleições de 2022
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi preso preventivamente, na manhã desta quarta-feira (9/8), pela Polícia Federal (PF) em uma investigação sobre uma suposta interferência no segundo turno das eleições de 2022.
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No dia 30 de outubro, a PRF realizou diversas blitze que foram feitas, principalmente em cidades da Região Nordeste, onde o então candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha vantagem sobre o então presidente Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto.
Em depoimento à CPMI, no dia 20 de junho, o ex-diretor geral da PRF Silvinei Vasques negou que a corporação tenha atuado no segundo turno das eleições para dificultar a chegada de eleitores de Lula aos locais de votação. Um dia antes do segundo turno das eleições, Vasques tinha declarado voto para o ex-presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais.
A PF também cumpre 10 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal.
A ‘Operação Constituição Cidadã’ tem o objetivo de esclarecer o “suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral”.
“De acordo com as investigações, integrantes da Polícia Rodoviária Federal teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30/10/2022. Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país”, informou a PF.
Além da prisão preventiva, a corporação vai ouvir 47 policiais rodoviários federais.
“Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro”, explicou a corporação.
Operação Constituição Cidadã
O nome da operação uma referência à Lei Maior do Brasil, “a qual, pela primeira vez na história do país, garantiu a todos os cidadãos o direito ao voto, maior representação da Democracia”.
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Com informações da Agência Brasil