Fintechs na mira: como empresas financeiras facilitam lavagem de dinheiro para o crime organizado

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Operação da Polícia Federal revela movimentação de R$ 18 bilhões por fintechs suspeitas de ocultar recursos ilícitos de organizações criminosas

A Polícia Federal deflagrou uma operação para investigar o uso de fintechs como instrumento para ocultação e movimentação de recursos provenientes de atividades criminosas. Segundo as autoridades, empresas financeiras online facilitaram a lavagem de cerca de R$ 18 bilhões, dificultando o rastreamento de valores ilícitos ligados ao tráfico de drogas, fraudes e outras práticas ilegais.

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A operação identificou fintechs como T10 Bank e 4TBank, suspeitas de oferecerem contas “blindadas”, tornando os saldos invisíveis para sistemas judiciais e órgãos reguladores. Essas empresas atuavam sem o devido registro e usavam bancos autorizados para operar sem fiscalização rigorosa. Além disso, foram constatados serviços que prometiam impedir bloqueios judiciais, garantindo anonimato aos clientes.

A Operação Concierge revelou que pelo menos cinco instituições financeiras reconhecidas pelo Banco Central permitiram, de forma negligente ou deliberada, a atuação dessas fintechs suspeitas. A InovePay, por exemplo, foi citada por facilitar movimentações milionárias envolvendo imóveis e veículos de luxo, além de possibilitar transações internacionais sem o pagamento de impostos.

Apesar das acusações, as empresas mencionadas alegam operar dentro da legalidade e negam qualquer envolvimento com crimes financeiros. A Polícia Federal continua investigando o caso para determinar a extensão do esquema e responsabilizar os envolvidos.

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