Ibovespa fecha acima dos 136 mil pontos e bate novo recorde histórico

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O dólar subiu 1,35%, cotado a R$ 5,4846.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,31% na semana;
  • recuo de 3% no mês;
  • alta de 13,03% no ano.

No dia anterior, a moeda americana teve queda de 1,03%, cotada em R$ 5,4114.

Ibovespa

O Ibovespa subiu 0,23%, aos 136.087 pontos, novo recorde histórico de pontuação.

Com o resultado, o índice acumulou:

  • alta de 1,59% na semana;
  • avanço de 6,61% no mês;
  • perdas de 1,42% no ano.

Na véspera, o índice fechou em alta de 1,36%, aos 135.778 pontos.

O que está mexendo com os mercados?

Os agentes do mercado financeiro no mundo inteiro estão animados com a perspectiva de corte das taxas de juros nos Estados Unidos e esse é o principal fator de atenção ao longo de toda esta semana, principalmente com a ata do Fed e o Simpósio de Jackson Hole.

Uma queda nos juros dos EUA reduz os rendimentos dos títulos do Tesouro americano (as Treasuries) e força os investidores a tomarem mais risco para terem rentabilidades melhores. Isso beneficia o mercado de ações como um todo.

“O mercado também aguarda a definição sobre a magnitude do corte de juros. Essa decisão impacta não só a cotação do real, mas as taxas de juros de todos os países”, diz Isabela Bessa, especialista em investimentos internacionais da Warren Investimentos.

Na quarta-feira, o Fed deve divulgar a ata de sua última reunião, em julho. O BC americano manteve as taxas de juros americanas inalteradas entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas sinalizou que cortes podem começar no próximo encontro, marcado para setembro.

A inflação, principal dado observado pelo Fed para tomar suas decisões, continua acima da meta de 2% ao ano, mas mostra uma desaceleração. Em julho, o acumulado em 12 meses foi de 3,2%, mas os preços que traziam preocupação ao Fed mostraram um bom comportamento.

Já os dados do mercado de trabalho americano, que também podem prejudicar a inflação por conta de um aumento do consumo, também foram mais fracos do que o mercado esperava no último mês. Tanto que analistas chegaram a temer que uma recessão econômica pudesse estar a caminho nos EUA. Esse medo se dissipou nos dias seguintes, já que dados de atividade econômica na semana passada não confirmaram o receio.

O Fed se esforça para manter a inflação comportada, mas também quer evitar que a economia sofra uma paralisação brusca. Com isso, investidores e especialistas esperam que a instituição promova um corte nos juros de pelo menos 0,25 ponto percentual na próxima reunião — uma forma de não deixar a economia brecar, mas com parcimônia para não pressionar a inflação.

Investidores atentos à inflação e contas públicas

No Brasil, a questão fiscal segue no centro das atenções, enquanto o mercado tem dúvidas sobre a capacidade do governo arcar com suas contas em 2024.

Para tranquilizar essas percepções, o secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães, afirmou nesta segunda-feira (19) que a área econômica do governo tem todas as ferramentas necessárias para cumprir a meta fiscal de 2024 de déficit zero (ou seja, quando o valor das despesas não supera o das receitas) e que vai propor “em breve” que todos os setores do governo revisem suas despesas com políticas públicas.

“A gente está com todos os instrumentos para cumprir a meta. Obviamente que dentro de um cenário de risco que não tenha nenhum risco muito fora da curva ou inesperado”, disse.

O secretário citou as enchentes no Rio Grande do Sul e seus efeitos como um exemplo de choque imprevisível, mas disse que a pasta não enxerga riscos de mesma magnitude no cenário atual.

Segundo Guimarães, o lado da receita ainda representa um desafio para a área econômica, mas disse ser possível que uma receita não recorrente entre no caixa no futuro, e dê ao governo mais espaço orçamentário.

Ele disse também que não é possível afirmar se o governo precisará impor maior restrição fiscal este ano a partir da divulgação do próximo relatório bimestral de receitas e despesas, previsto para 22 de setembro, e que o “tempo dirá se haverá novo congelamento” de gastos.

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira que apresentou ao governo os cenários para a segunda etapa da reforma tributária, que trata sobre o imposto sobre a renda.

O ministro explicou que sua equipe estudo diferentes cenários e levou ao presidente Lula aqueles que considerou mais consistentes e que podem fazer mais sentido para a realidade brasileira.

O ministro também disse que “tudo leva a crer” que o projeto que propõe o fim da desoneração da folha de pagamento de 17 setores será aprovado. Esse projeto, que foi alvo de polêmica e posicionamentos contrários entre governo e Congresso, propõe, agora, um regime de transição para o fim do benefício.

Haddad destacou que a aprovação da desoneração traria R$ 26 bilhões para o governo.

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Com informações do G1

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