Pontos distantes do cais, como as avenidas Cristóvão Colombo e Benjamin Constant, já começam a sofrer com inundações
Na manhã de sábado, a cidade de Porto Alegre enfrentou uma situação crítica de enchente, com o nível do Guaíba ultrapassando os 5 metros, conforme informações do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos. O aumento repentino do nível da água causou alagamentos extensivos em várias regiões da capital, afetando principalmente as avenidas Cristóvão Colombo e Benjamin Constant, além de submergir o canteiro central da avenida Farrapos.
No Centro Histórico, as águas transformaram as avenidas Borges de Medeiros e Júlio de Castilhos em canais, onde apenas barcos podiam navegar, remetendo à histórica enchente de 1941. Moradores do bairro Humaitá enfrentam cortes de energia devido às inundações, enquanto na avenida A. J. Renner, residentes de condomínios encontram-se isolados em seus apartamentos.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação está monitorando de perto o aumento do nível das águas no bairro Menino Deus, especialmente nas proximidades do hospital Mãe de Deus. No bairro Praia de Belas, o alagamento é tão severo que todos os cruzamentos até a avenida Ipiranga estão intransitáveis.
A situação alarmante obrigou mais de 2 mil pessoas a buscar refúgio nos abrigos provisórios estabelecidos pela prefeitura. Diversos pontos de acolhimento foram organizados, incluindo o Ginásio da Brigada Militar, o Centro Estadual de Tratamento Esportivo e o Centro Vida, além de outros locais como o Theatro Renascença e a escola Estadual Custódio de Mello. Esses espaços estão oferecendo suporte não apenas para adultos e crianças, mas também para animais de estimação, demonstrando a solidariedade da comunidade em tempos de crise.
A resposta da cidade a essa calamidade mostra a força e a resiliência de sua população, que se une para superar os desafios impostos pela natureza. Enquanto a cidade trabalha para recuperar a normalidade, a solidariedade entre os porto-alegrenses brilha como um farol de esperança.
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