A Floresta Nacional de Brasília (Flona) está em chamas desde as 10h30 desta terça-feira (3), com três grandes focos de incêndio, conforme informou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Um denso paredão de fumaça se formou e pode ser visto de longe, levando ao fechamento do parque.
O Distrito Federal está há 134 dias sem chuvas – o último registro do Inmet foi em 23 de abril. Nesta terça-feira, a umidade relativa do ar caiu para 7% na região do Gama, às 16h, o que torna esse o dia mais seco da história do DF, segundo o Inmet. Anteriormente, o menor índice havia sido de 8% em setembro de 2011. Em agosto de 2010, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) também havia registrado umidade de 7% na capital.
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um índice de umidade do ar de 60%. No entanto, as condições climáticas atuais, com altas temperaturas, ventos e ar extremamente seco, têm agravado a situação. Até as 19h desta terça-feira, o incêndio na Flona ainda não estava sob controle, de acordo com o Corpo de Bombeiros. A suspeita é de que o incêndio tenha sido provocado, já que três pessoas foram vistas no local.
Cerca de 1,2 mil hectares da floresta já haviam sido consumidos pelas chamas até o fim da tarde. O combate ao fogo está sendo dificultado pelo uso de equipamentos básicos, como bombas costais de 20 litros, abafadores e sopradores. Os helicópteros dos bombeiros, que poderiam ajudar no controle do incêndio, não estão em operação devido à manutenção e falta de pilotos. Além disso, o acesso difícil impede a aproximação de viaturas com água.
A combinação de fatores como a seca prolongada, a baixa umidade do ar e a localização de difícil acesso tem tornado o controle do incêndio na Floresta Nacional de Brasília uma tarefa desafiadora para as equipes de combate ao fogo.