Operação leva quase cinco toneladas de alimentos e água para moradores em áreas inacessíveis de Pelotas
Para alcançar comunidades isoladas no sul do Rio Grande do Sul, a única opção é pelo ar. Nesta sexta-feira (7), uma equipe do Jornal Nacional acompanhou a operação de distribuição de donativos realizada pelas Forças Armadas, evidenciando os esforços necessários para levar ajuda a essas regiões.
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O helicóptero do Exército decolou cedo da Base Aérea de Canoas, com destino a uma comunidade isolada em Pelotas, localizada a pouco mais de 200 km de distância. A missão começa com uma equipe de militares que vai ao local antecipadamente para sinalizar e coordenar o ponto exato onde a carga será lançada. Foi essa equipe que o Jornal Nacional acompanhou durante a missão. O percurso incluiu cruzar uma parte do Guaíba e seguir margeando a Lagoa dos Patos, até pousar uma hora depois.
Os militares envolvidos pertencem à Companhia de Precursores e Paraquedistas do Exército, do Rio de Janeiro. Assim que desembarcaram, seguiram para a área destinada ao lançamento das doações.
“Nós precisamos chegar de helicóptero, reconhecer a zona de lançamento, verificar as condições e, em seguida, marcar essa posição, enviar as coordenadas para o piloto e dar a luz verde para o lançamento. Quando o avião chegar, estaremos sinalizando com painéis para garantir que a carga caia exatamente onde é necessário”, explica o tenente Otavio Manso.
Com a área marcada, o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) chegou rapidamente e começou os lançamentos. Quase cinco toneladas de comida e água, embaladas em grandes caixas, foram lançadas. A carga foi então transportada de caminhão para uma base da Defesa Civil na colônia de Pescadores Z3, a 2 km de distância.
A Vila da Galateia está situada entre a BR-116 e a Colônia Z3, uma comunidade de pescadores em Pelotas. Os moradores relatam que estão completamente isolados, sem acesso a outras áreas, tornando a ajuda recebida essencial.
“A gente também precisa, indiretamente, a gente foi prejudicado também por causa da estrada”, afirma a dona de casa Cibele Falke.
Tatieli Alves de Quevedo, outra moradora, conta que há mais de um mês as famílias não conseguem sair dali.
“Para o lado da represa, não tem como passar porque tem um buracão ali, não tem a ponte, não tem como ir a uma farmácia, a um posto de saúde, não temos acesso ao mercado, a nada. Estamos confinados em nossas casas”, relata Tatieli.
Apesar do isolamento, a ajuda que vem pelo ar tem sido crucial para amenizar a situação dessas comunidades, garantindo que recebam os suprimentos necessários para sobreviver enquanto as condições não permitem o acesso terrestre.
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Com informações do G1