Promessas de lucro alto: falso líder religioso enfrenta transferência para Brasília em caso de fraude eletrônica
O indivíduo que se fazia passar por líder religioso e prometia retornos financeiros ilusórios de R$ 1 octilhão em golpes por meio das redes sociais será transferido de Tocantins para Brasília nesta quarta-feira (4). A operação de transferência está sendo coordenada pela Divisão de Operações Aéreas da Polícia Civil do Distrito Federal (DF) e tem previsão de chegada para o início da tarde, através do complexo da PCDF.
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Esse falso religioso enganava suas vítimas ao oferecer retornos financeiros extremamente exagerados. Conforme as investigações apontam, ele chegava a prometer lucros de R$ 350 bilhões para investimentos de apenas R$ 2.000.
Além disso, em 2018, esse indivíduo, Osório José Lopes Júnior, foi acusado de aplicar golpes em Goianésia, município de Goiás. Na ocasião, ele e outro cúmplice conseguiram arrecadar R$ 15 milhões ao alegar às vítimas que precisavam reunir fundos para receber um título de R$ 1 bilhão e quem colaborasse teria lucros até dez vezes maiores do que o valor doado. Embora tenha sido preso no mesmo ano, Osório recorria em liberdade contra as acusações.
Operação “Falso Profeta”: A Polícia Civil considera esse golpe um dos maiores já investigados no Brasil, devido ao grande número de vítimas de diferentes estratos sociais e quase todas as unidades da federação. Estima-se que mais de 50 mil pessoas tenham sido lesadas. A investigação, que teve início há cerca de um ano, identificou aproximadamente 200 membros no grupo criminoso liderado por Osório.
Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em outros estados.
A investigação também revelou que os suspeitos formavam uma organização criminosa especializada em crimes como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e estelionato por meio de redes sociais (fraude eletrônica), visando enganar milhares de vítimas no Brasil e no exterior.
Medidas cautelares foram aplicadas, incluindo o bloqueio de valores e das redes sociais dos suspeitos, além de uma decisão judicial que proíbe o uso de mídias digitais. Os envolvidos podem ser processados por falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa.
A Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária, vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado do Distrito Federal, orientou as vítimas que ainda não registraram boletim de ocorrência a procurar as autoridades.
A riqueza dos dez homens mais ricos do mundo não se compara ao valor de R$ 1 octilhão prometido pelo falso líder religioso. A soma das fortunas dos dez maiores bilionários, como Elon Musk, Bernard Arnault, Jeff Bezos e Bill Gates, equivale a cerca de 0,0000000000007% desse valor exorbitante. Juntos, esses bilionários possuem um patrimônio próximo a R$ 7 trilhões.
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Com informações do R7
