PF desmantela milícia formada por PMs no DF que usava dados sigilosos para extorsões

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Grupo atuava na cobrança violenta de dívidas usando estrutura da Polícia Militar; investigação revela uso ilegal de informações e coerção armada para intimidar vítimas

Uma investigação da Polícia Federal revelou a existência de uma milícia privada operada por criminosos e policiais militares da ativa no Distrito Federal. O grupo, que se apresentava como prestador de “serviços de segurança”, era na verdade responsável por extorsões, ameaças e cobranças violentas, com o uso indevido da estrutura da Polícia Militar e de dados sigilosos.

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Segundo a PF, a milícia era comandada por Caio César Pereira, que coordenava ações ao lado do tio, José Baduíno da Costa, e de Brendon Pinheiro Tavares, responsável por captar clientes interessados em recuperar dívidas à margem da lei. As ações eram executadas com apoio direto de dois policiais militares da ativa: o segundo-sargento Gustavo Roma Agostini e o terceiro-sargento Diego de Souza Pereira Maia.

As investigações apontam que os policiais acessavam ilegalmente bancos de dados sigilosos, realizavam vigilância sobre as vítimas e utilizavam a autoridade institucional para intimidar os alvos das cobranças. Em um dos casos, uma vítima foi coagida a assinar uma nota promissória de R$ 1,5 milhão após ser cercada e abordada por membros do grupo armados.

A operação da PF, deflagrada em março como desdobramento da Operação Fênix, revelou ainda que a milícia também atuava em ações relacionadas à grilagem de terras no Setor Habitacional Sol Nascente. A PMDF informou que colabora com as investigações, que seguem sob sigilo judicial.

A investigação é conduzida pela Coordenação Especial de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes contra a Administração Pública (Cecor), com apoio do Ministério Público do DF e Territórios, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

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