ABSURDO! Família de idoso que morreu com Covid-19 enterra corpo de outra pessoa

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Troca de corpos aconteceu em Goiânia. O advogado da Maternidade e Hospital Célia Câmara diz que a troca é investigada em uma sindicância interna e todos os colaboradores daquele plantão foram afastados.

Duas famílias que perderam parentes para a doença Covid-19 começaram a viver um novo drama neste sábado (15). Os corpos dos familiares mortos foram trocados e um deles foi enterrado pela família errada, enquanto a outra ficou sem realizar o enterro. A confusão aconteceu na Maternidade e Hospital Célia Câmara, em Goiânia, que atende pacientes com coronavírus e casos suspeitos da doença.

Paulo Ribeiro Benedetti, de 66 anos, morreu em decorrência do coronavírus no Hospital Célia Câmara. A família foi à unidade de saúde para reconhecer o corpo, deu entrada no processo de documentos da morte e realizou o enterro com o caixão fechado, como determina o protocolo sanitário para estes casos.

Família de Paulo Benedetti, de 66 anos, enterrou corpo de outra pessoa por engano, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A família de Paulo Benedetti descobriu neste sábado que enterrou o corpo de outra pessoa e o parente, que deveria ter sido sepultado, continua no hospital.

Na verdade, o corpo entregue à família foi o do idoso Jamir da Silva, de 71 anos, que morreu com suspeita de coronavírus no mesmo hospital que o Paulo.

O advogado da família de Paulo Benedetti informa que os parentes não têm outro lugar para fazer o sepultamento correto. “Será necessário primeiro a retirada do corpo de quem foi enterrado no lugar, entregar à família certa, para depois fazer uma nova cerimônia e um novo sepultamento”, explica o advogado Edmo Araújo Ferreira.

A família de Jamir Silva, de 71 anos, afirmou que vai pedir na Justiça de Goiás uma autorização para poder transferir o corpo para outro cemitério.

José Aparecido da Silva, filho de Jamir, disse que deveria ter velado o pai com o caixão fechado, mas o corpo sumiu. “Todo mundo está triste porque era para ter velado ele e não aconteceu. O pessoal do hospital e da funerária tinham que resolver esse problema, que foram eles que cometeram, mas não estão resolvendo o que era para já ter sido resolvido”, lamenta o filho do idoso.

Corpo de Jamir da Silva, de 71 anos, foi enterrado por engano por outra família, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A TV Anhanguera entrou em contato por telefone com a Maternidade Célia Câmara. Uma funcionária disse que a troca foi feita pela funerária. “O outro paciente foi enterrado de forma errada por erro da funerária. A placa dele estava certa. O nome dele estava certo, mas a funerária tirou outro paciente com outra placa e outro nome”, afirmou a funcionária que preferiu não se identificar.

O advogado da Maternidade explicou que a troca já está sendo investigada em uma sindicância interna. “A troca se deu na retirada de um deles pela funerária. Informamos ainda que foi aberta uma sindicância interna para apuração dos fatos. Todos os colaboradores envolvidos nesse procedimento e naquele plantão foram afastados até a apuração dos fatos”, esclareceu Alldmur Carneiro.

A funerária, por sua vez, explicou a situação por meio de seu advogado Eurípedes Feitosa, que afirmou que o erro foi do hospital. “Quem mantém a guarda dos corpos são os hospitais e o hospital entrega o corpo para o agente funerário. O trabalho deles é padrão. Ainda nesses casos de Covid-19, eles ficam do lado de fora esperando, tem todo um protocolo do hospital”, defende.

Com informações do G1

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