Amizade Desfeita: Justiça condena mulher por edição maliciosa de áudio durante eleições municipais

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Uma brincadeira entre amigas durante as eleições de 2020 em Goianésia resulta em processo judicial e indenização por danos morais.

Duas amigas inseparáveis ​​​​em Goianésia viram sua relação se transformar em um caso jurídico após uma delas editar e distorcer um áudio, enviado pela amiga, durante as eleições municipais de 2020. O conteúdo vexatório acabou “viralizando”, levando a uma denúncia pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) que determinou o pagamento de R$ 20 mil por danos morais à vítima.

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Kátia Luana Camargo Oliveira Santos, advogada da vítima, revelou que as duas eram amigas íntimas, mantendo uma comunicação diária nas redes sociais, onde discutiram diversos temas, incluindo política. Ambos estiveram envolvidos no cenário político local, representando partidos políticos opostos.

Durante as eleições, as brincadeiras típicas entre apoiadores de diferentes candidatos eram frequentes. No entanto, o que começou como uma troca amistosa de farpas tomou um boato negativo quando um áudio, editado e retirado de contexto, foi divulgado. Segundo a advogada, o áudio era, na verdade, uma montagem de recortes de outras conversas, manipulado para parecer uma única declaração.

A divulgação do conteúdo alcançou grupos políticos e de fofoca na cidade, sendo até mesmo veiculada pela imprensa local em portais e rádios. Esse incidente causou danos à imagem da vítima, levando-a a buscar aconselhamento jurídico.

Kátia Luana ressaltou que o áudio foi retirado de contexto, resultando em prejuízos substanciais para a indenização da vítima. Diante disso, a advogada orientou uma amiga a buscar peças por meio de uma ação de danos morais. O relator do caso, o desembargador Luiz Eduardo de Sousa, caracterizou o ocorrido como uma quebra de confiança, destacando que as conversas em aplicativos de mensagens são protegidas pelo sigilo das comunicações.

A decisão judicial transferiu uma indenização de R$ 20 mil a ser paga pela mulher responsável pela edição maliciosa do áudio. Kátia Luana também enfatizou que outras pessoas que enfrentam situações semelhantes podem buscar amparo na Justiça, ressaltando que o dano moral afeta a honra, a personalidade e os valores da pessoa.

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