Executados foram acusados de espionagem, e entre as vítimas estava o jornalista Mohamed al Maqri, sequestrado em 2015.
A Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP) anunciou recentemente a execução de 11 cidadãos iemenitas, incluindo o jornalista Mohamed al Maqri, sequestrado pela organização em 2015. Segundo a AQAP, as vítimas foram acusadas de espionagem em favor de “organizações hostis”, como os Estados Unidos, os Emirados Árabes Unidos e os houthis, grupo rebelde que controla partes do Iémen. O jornalista al Maqri, que trabalhava para a televisão Yemen Today, foi uma das figuras mais notáveis entre os executados.
Veja também
Guardas impedem prisão de presidente afastado na Coreia do Sul
A televisão Yemen Today expressou sua indignação e condenação pela morte de al Maqri, descrevendo o ato como um “crime que pretende silenciar bocas”. O jornalista, ao longo de sua carreira, era conhecido por suas reportagens e pelo trabalho no campo da liberdade de imprensa, que têm sido alvo de repressão no contexto do conflito no Iémen. A AQAP, por sua vez, justificou as execuções como ações contra aqueles que, segundo eles, colaboram com forças inimigas do país.
Os 11 executados foram julgados por um “tribunal islâmico” da AQAP, que é uma prática comum do grupo, que tenta implementar sua própria interpretação da lei islâmica em regiões sob seu controle. Esse ato brutal destaca ainda mais a violência e a repressão enfrentada por jornalistas e civis em um Iémen mergulhado em guerra civil. A Al-Qaeda na Península Arábica continua a exercer influência em algumas áreas do Iémen, agravando a já complexa crise humanitária no país.
Mais sobre Notícia Internacional acesse Imparcial internacional