Ataque com bomba mata mais de 50 pessoas em evento religioso no Paquistão

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O aumento da violência no Paquistão: Ataques continuam a atormentar o país após a ascensão dos talibãs no Afeganistão.

Uma explosão devastadora ocorreu na conturbada província do sudoeste do Paquistão, próximo a uma mesquita onde fiéis se preparavam para uma procissão em comemoração ao aniversário de Maomé. Pelo menos 52 pessoas perderam a vida, e mais de 50 ficaram feridas nesta sexta-feira (29/09) em um ataque suicida em Mastung, uma região problemática na província do Baluchistão, no sudoeste do Paquistão.

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Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pela explosão, que ocorre em meio a um aumento nos ataques reivindicados por grupos militantes no oeste do país, aumentando a preocupação com a segurança antes das eleições nacionais marcadas para janeiro próximo.

O vice-inspetor-geral da polícia, Munir Ahmed, informou à agência de notícias Reuters que “o homem-bomba detonou-se próximo ao veículo do vice-superintendente de polícia”, acrescentando que a explosão ocorreu nas proximidades de uma mesquita onde as pessoas se reuniam para uma procissão em comemoração ao aniversário de Maomé, um feriado público.

Esta é a segunda explosão em Mastung neste mês, sendo que em 14 de setembro, 11 pessoas, incluindo o líder do partido religioso Jamiat Ulema-e-Islam (JUI), Hafiz Hamdullah, ficaram feridas devido a uma explosão perto do veículo em que viajavam na autoestrada Quetta-Karachi. O mesmo grupo político sofreu um atentado suicida no final de julho passado durante um comício político, que deixou pelo menos 63 mortos e 120 feridos, sendo reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico de Khorasan, braço local do grupo terrorista.

O Baluchistão, que faz fronteira com o Afeganistão e o Irã, é a maior e menos populosa província do Paquistão. Grupos étnicos separatistas, incluindo o Exército de Libertação do Baluchistão, têm travado uma insurgência contra o governo paquistanês há muito tempo, enquanto os talibãs paquistaneses também têm uma forte presença na província.

O país tem testemunhado um aumento nos ataques este ano, especialmente por parte de militantes islâmicos, após o colapso de um acordo de cessar-fogo entre os talibãs paquistaneses e o governo nacional no ano passado. Desde a ascensão dos talibãs ao poder no Afeganistão, em agosto de 2021, o Paquistão enfrentou um aumento significativo na violência armada, com ataques frequentes de grupos afins nas províncias fronteiriças afegãs de Khyber Pakhtunkhwa e Baluchistão.

De acordo com um relatório do Instituto Paquistanês de Estudos de Conflitos e Segurança, o país registrou 271 ataques de militantes durante o primeiro semestre deste ano, resultando em 389 mortes e 656 feridos. Esses números representam um aumento significativo em comparação com o mesmo período de 2022, quando o Paquistão enfrentou 151 ataques que causaram 293 mortes e 487 feridos.

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Com informações do Site Terra

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