China reage com força e impõe tarifas de 84% sobre produtos dos EUA após medidas de Trump

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Nova rodada de tarifas aprofunda guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo e gera temor nos mercados globais

A tensão comercial entre Estados Unidos e China atingiu um novo patamar nesta quarta-feira (9), após o governo chinês anunciar um aumento das tarifas sobre produtos norte-americanos de 34% para 84%. A medida, que entra em vigor já nesta quinta-feira (10), é uma retaliação direta às tarifas de até 104% impostas pelos EUA sobre produtos chineses dias antes, sob o comando do ex-presidente Donald Trump.

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Em comunicado, Pequim afirmou que “possui meios abundantes e uma vontade firme para proteger seus interesses” e exigiu respeito por parte de Washington como condição para a retomada de negociações. A ação representa uma intensificação significativa da guerra comercial, que já vem afetando cadeias globais de suprimento e o desempenho de mercados financeiros.

Repercussão nos mercados

As reações no mercado foram imediatas. Bolsas asiáticas e europeias abriram em queda nesta quarta. O índice japonês Nikkei caiu 3,9%, enquanto Taiwan recuou 5,8%. Na Europa, o DAX da Alemanha caiu 2,5%, e o CAC 40 da França, 2,6%. Investidores temem que o prolongamento do conflito tarifário leve à desaceleração econômica global e aumente os riscos inflacionários.

O petróleo também teve queda nos preços, refletindo menor expectativa de crescimento econômico mundial com a escalada comercial entre as potências.

União Europeia pode seguir caminho semelhante

Além da resposta chinesa, a União Europeia avalia impor tarifas contra os Estados Unidos, em retaliação às taxas que Washington manteve sobre aço e alumínio europeus. Estima-se que os europeus possam anunciar tarifas sobre US$ 21 bilhões em produtos americanos, aprofundando ainda mais a crise comercial internacional.

Impactos e incertezas

Economistas alertam para os riscos que a guerra comercial representa: aumento de preços ao consumidor, dificuldades logísticas para empresas multinacionais e um enfraquecimento no crescimento global. Analistas pedem cautela dos governos envolvidos e defendem que o diálogo seja restabelecido antes que os danos sejam ainda maiores.

No momento, o mundo observa atentamente os próximos passos de Washington e Pequim, enquanto os mercados seguem em clima de alerta.

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