Elon Musk tenta barrar novas tarifas, mas é ignorado por Trump

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CEO da Tesla alertou para os impactos econômicos da medida, que já causou queda nas vendas e desvalorização das ações da empresa

Em meio à nova rodada de tarifas de importação implementadas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o bilionário Elon Musk fez apelos diretos para tentar barrar a medida — mas foi ignorado. As tarifas, que incluem uma taxa base de 10% sobre todas as importações e valores ainda maiores para produtos específicos, vêm gerando críticas e preocupações com os efeitos na economia americana.

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Musk, CEO da Tesla e conselheiro do governo na área de eficiência, alertou repetidamente que as tarifas poderiam prejudicar gravemente sua empresa e outros exportadores norte-americanos, ao torná-los mais vulneráveis a retaliações comerciais de países como a China. Ele também apontou que os custos seriam repassados ao consumidor, agravando a inflação e o custo de vida.

Mesmo diante desses alertas, Trump seguiu firme na decisão e ainda ameaçou impor uma nova tarifa de 50% sobre produtos chineses caso Pequim mantenha as suas próprias barreiras comerciais.

Os efeitos já começaram a ser sentidos. A Tesla registrou uma queda significativa nas vendas no último trimestre e suas ações já acumulam desvalorização superior a 42% neste ano. A pressão econômica afeta não só a empresa, mas também o mercado de tecnologia e inovação nos Estados Unidos.

Economistas reforçam o alerta de Musk e apontam que as tarifas podem aumentar a inflação, elevar o risco de recessão e afetar negativamente a classe média — o que representa também um risco político para Trump, que tem prometido reduzir o custo de vida em sua campanha.

Além disso, Musk tem sido alvo de críticas de parlamentares democratas por possíveis conflitos de interesse, já que sua empresa SpaceX mantém contratos com o governo federal enquanto ele atua em um cargo de influência no recém-criado Departamento de Eficiência Governamental (Doge).

O cenário reflete uma crescente tensão entre interesses políticos e empresariais em meio à disputa comercial global que continua moldando os rumos da economia dos EUA.

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