Na Rússia, o presidente participará da cerimônia sobre o fim da Segunda Guerra, e na China, acompanhará o encontro da Celac com Xi Jinping. Entre os temas previstos, estão o “tarifaço” e a guerra na Ucrânia.
O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta terça-feira (22) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizará viagens à Rússia e à China em maio.
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Em março, após compromissos no Japão e no Vietnã, o próprio presidente já havia indicado a intenção de viajar para ambos os países em maio, com o objetivo de discutir temas como a guerra na Ucrânia.
Essas viagens fazem parte de uma série de compromissos internacionais da agenda de Lula para os próximos meses, que também inclui encontros do G7 (Canadá), do Mercosul (Argentina) e da Assembleia Geral das Nações Unidas (EUA).
De acordo com o Itamaraty, as datas das viagens são as seguintes:
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8, 9 e 10 de maio: Rússia
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12 e 13 de maio: China
Comemoração do fim da Segunda Guerra e Encontro com a Celac
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, na Rússia, o presidente participará da cerimônia do 80º aniversário do Dia da Vitória, data que celebra a derrota das tropas nazistas de Adolf Hitler, em 1945.
Já na China, Lula participará de um encontro entre representantes da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e o presidente chinês Xi Jinping. A China busca expandir sua influência política e econômica na América Latina, firmando acordos comerciais e financiando obras de infraestrutura, como o porto de Chancay, no Peru.
Relações Comerciais e “Tarifaço”
No contexto do “tarifaço” imposto pelo governo dos Estados Unidos a produtos importados, analistas acreditam que o encontro na China pode ser uma oportunidade para ampliar as relações comerciais da América Latina com o país, em resposta a eventuais perdas nas exportações para os EUA.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil, e o governo brasileiro vê oportunidades para expandir ainda mais essa parceria. Um levantamento da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) indica que o Brasil poderia exportar mais de 400 produtos para a China.
Discussão sobre a Guerra na Ucrânia
Lula também aproveitou a ocasião para reiterar seu interesse em discutir a guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022 com a invasão russa. O presidente brasileiro tem defendido a criação de uma mesa de negociação entre Rússia e Ucrânia, com o objetivo de buscar um acordo de paz. A China também apoia essa mediação e tem defendido a inclusão de outros países na negociação.
Em janeiro, Lula teve uma conversa telefônica com o presidente russo Vladimir Putin, que, segundo o Palácio do Planalto, demonstrou interesse em formar um grupo de países para ajudar na mediação do conflito.
O presidente brasileiro afirmou em março que o Brasil deseja o fim do conflito e defendeu a necessidade de reunir os líderes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky em uma mesa de negociações.
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