Javier Milei diz que pode ser eleito em 1º turno na Argentina

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Não sem surpresas, as eleições primárias abertas, simultâneas e obrigatórias (Paso) começam a deixar as chaves do ano eleitoral na Argentina. 

Javier Milei foi o pré-candidato mais votado do país, superando as expectativas, e o seu partido político, La Libertad Avanza, encabeça a lista a nível nacional.

O Juntos por El Cambio, a segunda coalizão com maior número de votos, definiu a escolha interna em favor de Patricia Bullrich, que conseguiu deixar Horacio Rodríguez Larreta, prefeito de Buenos Aires, fora da disputa.

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Por fim, como era de se esperar, Sergio Massa ganhou a liderança do Unión por la Patria, mas o espaço kirchnerista fica de fora dos dois partidos mais votados.

Alguns analistas consideram o Paso como uma grande pesquisa antes das eleições de outubro.

“É uma surra colossal do governo Kirchner ao ter um candidato de fora, quase antissistêmico”, reflete o apresentador Andrés Oppenheimer.

“O que chamamos de maré rosa latino-americana está sendo perfurada”, em referência aos triunfos dos governos de esquerda ocorridos em 2022.

O’Donnell também observa uma tendência que está se movendo para a direita no nível local: “Se o triunfo de Patricia Bullrich se somar ao triunfo de Milei, vemos surgir uma direita e uma extrema-direita com muito potencial eleitoral”.

Nesse sentido, o apresentador considera que isso representa “a irrupção de uma novidade no sistema com uma força muito inesperada”.

Qual é o lugar do kirchnerismo na cena que se forma após o Paso

“Se não houver um milagre, este governo vai sair totalmente derrotado e desacreditado”, diz Oppenheimer. “Existe a possibilidade de nem entrarem em um segundo turno”, acrescentou.

Para O’Donnell, um dos pontos de atenção é o impacto que esses resultados podem ter na economia.

“O que contém o partido governista neste cenário é a província de Buenos Aires, onde (Axel) Kicillof é o candidato mais votado”, explicou.

O que vem a seguir

“Certamente este é o andar de Milei”, diz O’Donnell sobre a possibilidade de o economista continuar somando muitos votos para a eleição de outubro.

Nesse sentido, Oppenheimer acredita que pode haver um novo perfil para o líder do La Libertad Avanza: “Não me surpreenderia se nos próximos meses, semanas, até amanhã, vermos Milei com o cabelo um pouco mais curto, com a gravata um pouco mais arrumada e mostrando uma face menos incendiária”.

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Com informações da CNN

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