Em discurso à nação, a chefe de governo afirmou que encaminhará projeto de lei solicitando poderes especiais.
Nesta sexta-feira (28), o Dia da Independência peruana, milhares de pessoas foram às ruas da capital do Peru e outras cidades peruanas para pedir a saída da presidente Dina Boluarte. As manifestações marcam o Dia da Independência peruana e são uma continuação da chamada Terceira Tomada de Lima, onde varias manifestações foram organizadas contra o atual governo.
A presidente, em pronunciamento à nação referente ao Dia da Independência, afirmou que encaminhará ao Legislativo um projeto de lei que concederá poderes especiais para combater o que ela chamou de “aumento da insegurança e da criminalidade”. Boluarte disse que solicitará “delegação de poderes” ao Congresso por 120 dias para combater o crime, enquanto os manifestantes continuam exigindo que ela seja expulsa do cargo.
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Essa delegação de poderes seria a transferência para a presidente de funções originalmente reservadas ao Legislativo. Nesse período, ela teria poderes ampliados para tomar medidas de forma rápida.
“(Estas são) medidas que o Peru precisa hoje para enfrentar, com mais força e eficiência, a delinquência e a criminalidade”, disse Boluarte em um discurso presidencial em Lima.
Chegada ao poder
Dina Boluarte assumiu a presidência em 2023, quando o então presidente Alfredo Castillo foi preso por tentar um autogolpe para impedir um processo de impeachment. Castillo foi destituído do cargo e preso em dezembro do ano passado.
A prisão gerou revolta em parte da população que apoia o presidente afastado e o considera uma vítima do sistema político e do poder legislativo, atualmente sob controle de partidos de direita e centro-direita.
O discurso de Boluarte no Dia da Independência no Congresso ocorre enquanto os manifestantes continuam pedindo sua destituição. Boluarte enfrenta ondas de protestos desde que assumiu o poder, nos quais mais de 60 pessoas morreram.
Os confrontos entre manifestantes e forças de segurança levaram a mais protestos, além de acusações de abusos contra os direitos humanos por parte de Boluarte, que enfrenta investigações por suas condutas durante os protestos.
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Com informações CNN