Ex-presidente defende tarifas recíprocas e cita o Brasil como exemplo de país que, segundo ele, se beneficia de práticas comerciais injustas
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar políticas comerciais internacionais em um discurso recente e mencionou diretamente o Brasil. Segundo ele, o país “sobrevive e enriquece” às custas da economia americana, por meio da cobrança de tarifas sobre produtos dos Estados Unidos.
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Trump afirmou que muitos países impõem taxas elevadas aos produtos norte-americanos, enquanto os Estados Unidos mantêm tarifas significativamente mais baixas em relação a esses mesmos países. Ele defende uma política de tarifas recíprocas, onde os EUA cobrariam exatamente o mesmo percentual que cada país aplica a seus produtos.
“Se o Brasil cobra 100% de tarifa sobre um carro americano, deveríamos cobrar 100% sobre os produtos deles também”, argumentou Trump, apontando para o que considera um desequilíbrio nas relações comerciais internacionais.
A crítica vem acompanhada de medidas práticas: o governo norte-americano anunciou recentemente a aplicação de novas tarifas, incluindo 10% sobre produtos brasileiros e 25% sobre aço e alumínio vindos do Brasil. A medida faz parte de uma estratégia mais ampla de proteção da indústria e dos trabalhadores norte-americanos.
O governo brasileiro acompanha o caso com preocupação e busca manter o diálogo aberto para evitar prejuízos maiores nas exportações. Autoridades brasileiras avaliam alternativas, como acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) ou adotar medidas de retaliação, caso as negociações com os Estados Unidos não avancem.
As declarações de Trump reacendem o debate sobre protecionismo, tarifas e os desafios do Brasil em manter acesso competitivo ao mercado americano — especialmente em setores como o agro e a indústria de base.
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