Decisão tem efeito imediato e é resposta ao aumento de tarifas chinesas; tensão preocupa mercados globais
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9/4) um novo aumento de tarifas sobre produtos importados da China, que passam a ser taxados em 125%. A medida, com efeito imediato, é uma retaliação ao aumento anterior promovido por Pequim, que elevou as tarifas sobre produtos americanos para 84%.
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Trump justificou a decisão afirmando que a China demonstrou “falta de respeito” aos mercados internacionais e declarou que os dias em que o país asiático “enganava” os EUA chegaram ao fim. Em resposta, o governo chinês classificou a medida como “um erro repetido” e adicionou 12 empresas americanas à sua lista de controle de exportações, dificultando o comércio de itens com uso civil e militar.
Apesar do embate, Trump anunciou uma trégua de 90 dias nas tarifas para mais de 75 países que não retaliaram os EUA. Durante esse período, a tarifa para essas nações será reduzida para 10%, o que provocou uma reação positiva nos mercados financeiros.
A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, alertou que a escalada entre as duas maiores potências econômicas pode reduzir o comércio bilateral em até 80%, afetando cadeias de suprimentos e elevando preços para consumidores ao redor do mundo.
Enquanto isso, a União Europeia e empresários globais demonstraram preocupação com os possíveis impactos da nova fase da guerra comercial nas economias internacionais. A China, por sua vez, afirmou estar disposta a “ir até o fim” em defesa de seus interesses.
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