Parlamentares debatem liberação de emendas, reforma ministerial e anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro
Brasília – Nos primeiros dias do ano legislativo de 2025, a Câmara dos Deputados tem priorizado a votação de projetos consensuais e sem grande repercussão pública. No entanto, nos bastidores, debates mais complexos e de maior impacto estão em andamento, envolvendo temas sensíveis como a liberação de emendas parlamentares, uma possível reforma ministerial e a discussão sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
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Liberação de emendas gera insatisfação entre parlamentares
Deputados estão descontentes com o ritmo de liberação das emendas parlamentares, o que resultou no adiamento da votação do Orçamento de 2025. Há uma movimentação para que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, participe do debate para ajustar regras de transparência na execução dessas verbas.
Reforma ministerial e disputa por cargos
Partidos do centro, como PSD, PDT e PSB, buscam maior representatividade no governo. O PSD, por exemplo, tenta substituir o comando do Ministério da Pesca por uma pasta mais expressiva e com maior orçamento, como o Ministério do Turismo, atualmente sob gestão do União Brasil.
Além disso, a disputa pelo comando das comissões temáticas da Câmara também está acirrada. A presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) é um dos cargos mais cobiçados, com PL, União Brasil e MDB reivindicando o posto.
PL articula anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro
Outro tema polêmico que ganha força nos bastidores é a proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. O PL articula a aprovação de um projeto que conceda perdão judicial aos presos pelos eventos que atingiram os três poderes. No entanto, a proposta enfrenta forte resistência e ainda não há consenso entre os parlamentares.
Expectativas para o pós-Carnaval
Esses debates devem ganhar ainda mais força após o Carnaval, quando se espera que o ritmo dos trabalhos legislativos se intensifique. Até lá, a estratégia da Câmara tem sido focar na aprovação de projetos de menor impacto, enquanto os acordos e articulações sobre esses temas mais sensíveis seguem nos bastidores.
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