A ex-vereadora Janaína Lima (PP), que não conseguiu se reeleger, surpreendeu ao desocupar seu gabinete na Câmara Municipal de São Paulo levando consigo um vaso sanitário e duas pias. Segundo a ex-parlamentar, os itens foram adquiridos com recursos próprios durante seu mandato e, portanto, não fazem parte do patrimônio público.
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Janaína justificou sua decisão em nota:
“É nosso dever devolver o gabinete como o recebemos, assegurando que todo o patrimônio público permaneça devidamente registrado e intacto. Nesse sentido, seguindo a orientação da própria Câmara que determina que os itens não pertencentes ao patrimônio devem ser retirados, assim foi feito. Todos os itens retirados do gabinete foram aqueles adquiridos exclusivamente com recursos próprios e que, portanto, não integram o patrimônio da Câmara Municipal, respeitando o critério orientado quando recebi o gabinete.”
O caso gerou repercussão entre os parlamentares e funcionários da Câmara. O novo ocupante do gabinete, vereador Adrilles Jorge (União), declarou ter sido pego de surpresa pela ausência das instalações sanitárias. Ele brincou sobre a situação:
“Se a privada é dela, é legítimo que ela leve e faça o que quiser com ela. Preciso fazer xixi, é necessário. Mas qualquer coisa uso o comunitário.”
O presidente da Câmara, vereador Ricardo Teixeira (União), classificou a situação como inédita e informou que medidas serão estudadas para resolver o caso.
Histórico de reformas no gabinete
Em 2019, Janaína realizou uma reforma no gabinete, transformando o espaço em um “coworking legislativo”. O objetivo era oferecer um ambiente colaborativo para receber empreendedores com projetos voltados para São Paulo. O conceito do coworking foi elogiado por Adrilles Jorge, que pretende manter o design inovador no espaço.
“Fico feliz em saber que ele pretende manter esse conceito, que promove um espírito empreendedor dentro da Câmara”, destacou a ex-vereadora.
Imagens do circuito interno da Câmara registraram o momento em que os itens foram transportados pelos corredores. Apesar da controvérsia, Janaína reforçou que os objetos não pertenciam ao patrimônio público e, por isso, tinha o direito de levá-los. O caso segue repercutindo e levantando discussões sobre a conduta no uso de recursos privados para bens em espaços públicos.
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