Na mira da PF, Bolsonaro diz que não teme prisão

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Na entrevista à Veja, Bolsonaro disse que “não houve nada na moita” para liberar as joias, retidas pela Polícia Federal.

— Só fiquei sabendo disso no final de novembro, começo de dezembro. Quando soube, paguei missão, deve ter sido para o Cid: “Vê se pode recuperar”. Depois vimos que tinha um ofício do MME buscando recuperar na Receita, então não foi nada no grito. Tem ofício, e-mail, tudo. Entrou também o meu chefe da Receita, eu conversei com ele perguntando se era possível recuperar. Daí tentaram — talvez tenha havido excesso de iniciativa — resolver o negócio lá. Aí deu a confusão. Não teve nada na moita — afirmou Bolsonaro à revista.

Relação com STF

Na entrevista à Veja, Bolsonaro afirmou que declarações e mensagens de teor golpistas de pessoas próximas a ele eram “desabafos”, mas negou que houvesse alguém, no entorno da Presidência, que articulasse uma ação efetiva de golpe de Estado.

— Ninguém defendia [medida mais dura], era desabafo de alguns, fora do gabinete. Eles estavam revoltados com essa situação de interferências no Executivo. Eu recebia em média uma ação por semana do Supremo Tribunal Federal. Mas isso foi antes das eleições — disse.

Bolsonaro disse que ouviu de pessoas próximas “mais nervosas”, por exemplo, que deveria “peitar” a decisão do Supremo Tribunal Federal que vetou a posse de Alexandre Ramagem na direção da Polícia Federal. Mas não respondeu diretamente se considera ser perseguido por ministros do STF.

— Não quero polemizar nessa área. Está acontecendo uma conscientização no Brasil e não é só em relação ao meu caso. Eu não quero botar lenha na fogueira. Tem gente de várias formações criticando o que está acontecendo. Não precisa ser muito inteligente para saber de onde vem o problema — disse.

Fraude nas urnas

Bolsonaro disse à Veja que a alegação de fraude nas urnas na disputa à Presidência com Lula “é página virada”.

Ele responde a uma ação de investigação judicial eleitoral (Aije) no TSE que apura uma reunião, em julho do ano passado, em que fez ataques às urnas eletrônicas durante uma reunião com representantes estrangeiros no Palácio da Alvorada. O Ministério Público Eleitoral (MPE) já se manifestou a favor do pedido de inelegibilidade do ex-chefe do Executivo. A alegação é que teria havido abuso de poder político na reunião de Bolsonaro com embaixadores.

À Veja, Bolsonaro disse não temer ficar inelegível.

— Qual o argumento para isso? O encontro que tive com embaixadores. Essa é uma política privativa do presidente. Eu abri para a imprensa esse encontro, não tem nada de mais. Discutimos o sistema eleitoral brasileiro, buscando transparência, nada além disso — destacou Bolsonaro.

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Com informações do G1 e Veja

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