Governador volta a estar apto a disputar eleições; decisão anula sentença de primeira instância, mas mantém aplicação de multa
O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) decidiu nesta terça-feira (8) reverter a decisão de primeira instância que havia tornado o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) inelegível por oito anos por abuso de poder político. A decisão foi unânime entre os membros da Corte e representa uma vitória jurídica e política para o governador, que é cotado como possível candidato à presidência da República em 2026.
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A Corte também anulou as sanções de inelegibilidade aplicadas ao prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), e à vice-prefeita, coronel Cláudia (Avante). Apesar disso, o TRE manteve a aplicação de multas por condutas vedadas durante o período eleitoral: R$ 60 mil para Caiado e R$ 40 mil para Mabel.
A acusação teve origem em uma decisão da juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, em dezembro de 2024. Segundo a sentença, o governador teria utilizado a estrutura do Palácio das Esmeraldas — sede do governo estadual — para realizar jantares com vereadores e lideranças políticas durante o processo eleitoral, favorecendo a candidatura de aliados na capital.
Nas redes sociais, Ronaldo Caiado afirmou ter recebido a decisão com “tranquilidade” e reiterou seu respeito às instituições. “Minha trajetória é de absoluto respeito às leis do nosso país e seguirei sempre neste caminho”, escreveu.
A decisão do TRE-GO ainda pode ser alvo de recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas, por ora, o governador volta a estar plenamente elegível, o que pode fortalecer sua presença no cenário nacional. Com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda inelegível, Caiado é visto como um dos principais nomes do campo conservador para a eleição presidencial de 2026.
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