Confirmação de Tebet no Planejamento encerra longas semanas de discussões e pode destravar a montagem final da composição da equipe de Lula
Segundo Padilha, a senadora conversará com Lula ainda nesta terça-feira, em encontro sem horário definido. O convite foi feito na sexta-feira, dia 23, para que Tebet avaliasse assumir a pasta com o desenho e organograma montados previamente por Lula e outros ministros. Ele negou que tenham sido discutidos transferências de órgãos do governo para a pasta a ser chefiada por Tebet. O Instituto de Pesquisa como IPEA e IBGE ficarão vinculados, conforme sugerido antes pelo gabinete de transição.
“Não houve nenhuma discussão. Não tem acordo. Tem um convite feito para o Planejamento, na estrutura e nas responsabilidades do Ministério do Planejamento, que tem um papel decisivo de acompanhamento, participa dos comitês gestores coordenados pela Casa Civil. Inclusive do comitê gestor do PPI, que é coordenado pela Casa Civil e executado pelo ministério que está na ponta. O convite foi feito para essa estrutura do Planejamento e tivemos uma sinalização positiva”, afirmou Padilha. “Recebi uma sinalização de que (ela) tem a vontade de compor o ministério do Planejamento e estaria aceitando o convite feito sexta-feira, quando o presidente mostrou o organograma, os papéis e responsabilidades do ministério. Ele não será nem menor, nem maior, independentemente de quem seja a pessoa que venha a ocupá-lo. É um ministério central do governo, muito importante.”
A confirmação de Tebet no Planejamento encerra longas semanas de discussões e pode destravar a montagem final da composição da equipe de Lula, em negociações com o MDB, PSD e União Brasil. Lula vai dar sequência a reuniões com lideranças partidárias para concluir o anúncio dos 16 ministérios pendentes.
O Planejamento foi uma das opções aventadas a Tebet pelo gabinete de transição, depois que a senadora foi preterida do Desenvolvimento Social, pasta que mais desejava. A senadora foi cogitada no Meio Ambiente, Cidades e Turismo. Ela não era, no entanto, a primeira opção para a pasta. Lula tentou emplacar no Planejamento economistas de viés mais liberal, ligados ao PSDB, como Pérsio Arida e André Lara Resende, mas ambos recusaram.
Ela buscava uma posição com destaque e visibilidade política, com capacidade de tocar programas e entregar diretamente à população, embora o Planejamento tenha perfil mais burocrático. Desde a campanha eleitoral, Lula já dizia que Tebet permaneceria em Brasília para ajudá-lo no futuro governo, indicando que desejava a aliada no primeiro escalão. Terceira colocada no primeiro turno, atrás de Lula e Jair Bolsonaro, Tebet teve 4,9 milhões de votos e apoio o petista no segundo turno, integrando-se à frente ampla da campanha.
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Com informações do site Terra